Tomate: Preços despencam nas roças
Na parcial desta semana (14 a 17/10), os preços do tomate salada longa vida 2A recuaram significativamente nas regiões produtoras acompanhadas pelo Hortifruti/Cepea. Em relação à semana passada, as quedas foram de 72% em Paty do Alferes (RJ), com média de R$ 11,75/cx, de 67,9% em Araguari (MG), a R$ 15,38/cx, e de 59,9% em Venda Nova do Imigrante (ES), a R$ 20,16/cx. Nas praças paulistas, por sua vez, o tomate foi negociado a R$ 26,87/cx em Mogi Guaçu e a R$ 28,52/cx em Sumaré, recuos de 46,9% e de 49,3%, respectivamente, no mesmo comparativo.
O que explica este cenário é o excedente de oferta, causado pelo forte aumento das temperaturas. Em alguns dias, esse excesso impossibilitou a negociação dos tomates de menor qualidade (os quais ficaram sem espaço no mercado), motivo pelo qual os produtores de algumas praças teriam descartado parte dos frutos nesta semana.
Tomaticultores de Carmópolis de Minas (MG), por exemplo, têm colhido apenas a "parte boa" da roça, pois os ponteiros não têm sido bem aceitos no mercado. Há casos em que os preços do produto já colhido (mas de menor qualidade), no atacado, inviabilizam o frete – sendo o tomate descartado na lavoura ou nas classificadoras.
Em outros locais, como Mogi Guaçu, a maioria dos produtores está finalizando a safra (restando cerca de 10 dias) e a alta incidência de traça tem prejudicado a qualidade de parte da mercadoria. Com isso, os tomates de pior qualidade também têm sido descartados. Paty do Alferes, que está em pico de oferta da segunda parte da temporada de inverno, também chegou a descartar o excedente. Assim, colaboradores do Hortifruti/Cepea relataram que, para essas últimas roças colhidas, a receita pode ficar abaixo do custo de produção para alguns produtores.
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