Tomate: Apesar de desvalorização, rentabilidade média de Caçador é positiva
A colheita de tomate na praça de Caçador (SC) segue intensa neste mês, devendo ofertar cerca de 25% da produção local no período. O pico de safra ocorreu em janeiro (35%) – e, entre dezembro e o primeiro mês deste ano, os preços ficaram na média R$ 26,44/cx, 24% acima das estimativas de custos de produção, as quais fecharam a R$ 21,25/cx.
Apesar do cenário geral positivo, houve disparidade na rentabilidade dos produtores, devido ao rendimento das lavouras. Em média, as produtividades foram de 310 cx/mil plantas. Porém, alguns agricultores obtiveram resultados inferiores a 200 cx/mil plantas, de forma que os custos unitários se tornaram maiores e, consequentemente, impactaram a remuneração.
CLIMA – Segundo colaboradores, o maior problema foi o calor acima da média, o qual prejudicou o desenvolvimento das plantas, reduziu o número frutos e, também, seu calibre – dificultando a comercialização. Ainda, as fortes chuvas no início da safra comprometeram a qualidade dos tomates (gerando manchas) e aumentaram a incidência de bactérias em algumas roças, as quais foram controladas posteriormente, com o clima mais firme. As altas temperaturas também aceleraram a maturação dos tomates, encurtando o ciclo da cultura.
Para os produtores que conseguiram produtividade e qualidade acima da média, portanto, a rentabilidade foi positiva. Espera-se, conforme colaboradores do Hortifruti/Cepea, que boa parte das lavouras de Caçador já tenha encerrado as atividades até o início de março. Isto, associado à menor intensidade de colheita na maioria das praças da safra de verão, deve resultar em alta das cotações no próximo mês.
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