Produção de cebola é prejudicada por pragas e cai 25% no Alto Vale do Itajaí

Publicado em 14/01/2019 07:55
Doenças aliadas ao mau tempo comprometeram parte da colheita na região, o que impactou o preço do produto

A safra ainda não terminou, mas a colheita já chega à reta final. Enquanto os produtores do Alto Vale começam a estocar cebola para vender ao mercado, os agricultores da região de Ituporanga também lamentam prejuízos. Isso porque a incidência de doenças como míldio e mofo preto, a presença de pragas e o mau tempo durante parte do ciclo foram percalços durante a produção. Com o que já foi colhido, a estimativa da Associação dos Produtores de Cebola de Santa Catarina (Aprocesc) é de que até 25% da safra tenha sido comprometida na região. No Estado, a estimativa é de que esse índice chegue a 20%.

As perdas mais significativas foram registradas principalmente nas variedades precoces da cebola. Os municípios mais atingidos foram Ituporanga, Imbuia e Atalanta, que sofreram ataque de uma doença chamada “yellow spot virus”, identificada pela primeira vez no Alto Vale na safra 2017/2018. Outros relatos de produtores indicam que o excesso de chuvas na produção de mudas, outono e inverno mais quentes, além de uma primavera de estiagem afetaram a região, que é a principal produtora no Estado.

Caso de Ituporanga, município que alavanca a produção em SC, onde o objetivo dos produtores era colher 120 mil toneladas de cebola. Com o fim da colheita, esse número não deve passar de 90 mil toneladas (perda de 25%). No início do ciclo, o problema foram as doenças. Já na metade, justamente no momento crucial para a bulbificação (quando há a formação do legume em si), o município teve o problema de estiagem e de alguns dias com pouco sol. Foram pelo menos 40 dias, de acordo com Volmir Borssatto, engenheiro agrônomo do município, com baixa iluminação na lavoura, o que também comprometeu. Com isso, por conta do aumento do custo para o produtor, o preço do quilo vendido pelos agricultores aos mercados está em R$ 1,70, quando poderia ficar na casa de R$ 1. Isso impacta diretamente no bolso do consumidor, que pode chegar a encontrar o produto até 70% mais caro nos mercados.

Confira a notícia na íntegra no site da NSC Total. 

Fonte: NSC Total

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