Epagri abre colheita do maracujá nessa quinta-feira, 20, em Balneário Gaivota
A Epagri comemora nessa quinta-feira, 20, a abertura da colheita do maracujá no Sul do Estado. O evento acontece a partir das 8h30min na propriedade do agricultor Moisés de Mattos Matias, no Balneário Gaivota (Rua Nova, s/n). Além da cerimônia de abertura oficial, a atividade também contará com Dia de Campo sobre o cultivo da fruta.
A região Sul responde por 80% de todo o maracujá produzido em Santa Catarina. É do estado catarinense que sai um dos melhores maracujás do Brasil. Porém, o avanço da virose do endurecimento do fruto causou uma perda de R$ 10 milhões desde 2016. Agora, com a adoção das recomendações de manejo da Epagri, os agricultores já podem comemorar a retomada dessa produção. A expectativa do gerente regional da Epagri em Araranguá, Reginaldo Ghellere, é de que até junho de 2019, quando se encerra a colheita, sejam produzidas 36 mil toneladas da fruta no Sul de Santa Catarina.
O maracujá tem Valor Bruto de Produção (VBP) de R$ 50 milhões no Estado. Isso mostra o alto valor agregado da fruta, já que ela ocupa apenas 1,6 mil hectares de terra no Sul de Santa Catarina. Contudo, a chegada da virose do endurecimento do fruto vinha colocando essa riqueza em risco, reduzindo drasticamente a produtividade nos cultivos catarinenses. Em outras regiões do Brasil a doença chegou a diminuir para apenas 20% a área plantada do maracujá.
Para solucionar o problema, pesquisadores e extensionistas da Epagri se uniram para desenvolver e recomendar os manejos adequados para convivência com o mal. Reginaldo estima que, atualmente, 90% dos produtores de maracujá do Sul do estado sigam as recomendações dos técnicos da Epagri, o que se reflete na retomada da produção.
O maracujá de Santa Catarina é reconhecido em todo o Brasil por sua qualidade, representada pelo tamanho da fruta, além da cor e volume da polpa. O maior mercado comprador está na região Sudoeste do Brasil, principalmente a Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo). No Sul do Estado são pelo menos 700 famílias que têm a fruta como fonte de renda prioritária.