Prejuízo com chuvas de granizo deve elevar preço de frutas em São Paulo
O preço médio das frutas no comércio atacadista da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) pode aumentar por causa das chuvas de granizo, no interior paulista e em áreas produtoras do sul do país. O impacto e os tipos de frutas que serão afetadas ainda não foram divulgados, mas estão sendo estudados, informou, por meio de nota, o economista da Ceagesp, Flavio Luis Godas.
Em setembro, os únicos segmentos em alta na Ceagesp foram as frutas (1,14%) e os pescados (3,89%).
Uma das áreas de ocorrência de chuva de granizo foi Casa Branca, na região de Campinas, grande produtora de jabuticaba.
O Índice Ceagesp que se refere a 150 produtos apontou recuo de 2,21%. Foi a sexta queda consecutiva. No acumulado do ano, o índice atingiu alta de 2,66% e, nos últimos 12 meses, de 16,29%.
Entre as frutas que ficaram mais caras estão o figo (54,1%), a jaca (35,5%), a laranja lima (22,7%), o abacaxi havaí (16,2%), a laranja pera (14,3%) e o maracujá azedo (12,1%). Já as maiores quedas foram: do mamão formosa (-38,9%), mamão papaya (-29,5%), goiaba (-27,4%), manga tommy (-14,6%), banana prata (-10,8%) e caju (-10,2%).
Já os legumes tiveram expressiva baixa (-14,73%). Na lista dos maiores recuos estão: o pimentão vermelho (-71,1%), pimentão amarelo (-68,3%), abobrinha italiana (-45,4%), berinjela (-41,4%), vagem macarrão (-35,8%) e abobrinha brasileira (-33,4%). Em sentido contrário, subiram os preços da mandioca (44,2%), batata doce rosada (17,9%), inhame (10,3%) e abóbora japonesa (6,4%).
No grupo das verduras ocorreu recuo de 8,71% com destaque para o repolho (-31,7%), couve for (-24,4%), brócolis (-19,7%), escarola (-17,7%), alho porró (-17,2%) e couve (-14,4%). Entre os itens em alta estão a salsa (16,3%) e o milho verde (7,5%).
No segmento de diversos, os preços caíram 11,38%. As principais quedas foram da batata lisa (-25,4%), batata comum (-24,1%), alho (-13,6%), cebola nacional (-10,3%), coco seco (-7,4) e ovos brancos (-6,4%). Não houve aumentos significativos no setor.
No setor de pescados, os preços aumentaram, em média, 3,89% e as maiores taxas foram aplicadas sobre a pescada (19,1%), abrótea (16,8%), sardinha (16%), camarão ferro (15,7%) e espada (11,6%). Entre as opções em baixa destaque para a corvina (-11,6%), polvo (-7,3%) e anchovas (-5,4%).
De acordo com a Ceagesp, houve queda na demanda de 6,45% em comparação a setembro do ano passado, com o volume comercializado de 262.417 toneladas. De janeiro a setembro, as vendas atingiram 2.361.205 toneladas, quantidade que é 6,21% menor do que em igual período de 2015.