Quilo do alho chega a preço do quilo do filé mignon no ES
Com o aumento da inflação, ir ao supermercado se tornou um verdadeiro desafio matemático para o consumidor. Afinal, na hora das compras é preciso fazer contas para não apertar o orçamento. Prova da disparada dos preços é o valor do quilo do alho, que já é vendido na Grande Vitória a R$ 34,90, praticamente o preço do quilo do filé mignon (que varia de R$ 35 a R$ 40).
De acordo com o diretor técnico-operacional da Ceasa, Marcos Antônio Magnago, o alho está mais caro por conta da alta do dólar, pois o produto não é amplamente cultivado no Brasil.
“O alho consumido no estado vem da China e da Argentina. Quando se pensa em comércio internacional, sabemos que a cotação do dólar está alta, e isso repercute no preço final do produto”, disse.
E não é só esse tempero – que registrou uma alta de 25,95% em 2016 – que parece estar a preço de ouro. Outros itens da alimentação também estão assustando quem vai às compras.
Frutas como a manga, o mamão, a banana-prata e a uva também estão na lista de vilões da inflação, medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Elas registraram aumentos que variam de 40% a 114%, somente neste ano.
Queridinho do brasileiro, o feijão tem perdido a vez no cardápio de muitas famílias. Com o preço do quilo ultrapassando R$ 10, em alguns casos, e a inflação do produto chegando a quase 40% em 2016, muitos consumidores têm optado por comprar marcas mais baratas ou até mesmo reduzir o consumo em casa.
A explicação para o preço do feijão estar tão elevado vem do clima. Segundo o economista e coordenador de Extensão da Rede Doctum, Paulo Cezar Ribeiro, a cultura da semente é muito sensível às variações climáticas e, com a estiagem, a colheita ficou bastante prejudicada.
Magnago acrescenta que em estados produtores de feijão, como Paraná e Santa Catarina, além da estiagem do início do ano, o frio e a chuva dos últimos meses prejudicaram a colheita, reduzindo a oferta do produto.
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