Quilo do alho chega a preço do quilo do filé mignon no ES

Publicado em 17/06/2016 07:38

Com o aumento da inflação, ir ao supermercado se tornou um verdadeiro desafio matemático para o consumidor. Afinal, na hora das compras é preciso fazer contas para não apertar o orçamento. Prova da disparada dos preços é o valor do quilo do alho, que já é vendido na Grande Vitória a R$ 34,90, praticamente o preço do quilo do filé mignon (que varia de R$ 35 a R$ 40).

De acordo com o diretor técnico-operacional da Ceasa, Marcos Antônio Magnago, o alho está mais caro por conta da alta do dólar, pois o produto não é amplamente cultivado no Brasil.

“O alho consumido no estado vem da China e da Argentina. Quando se pensa em comércio internacional, sabemos que a cotação do dólar está alta, e isso repercute no preço final do produto”, disse.

E não é só esse tempero – que registrou uma alta de 25,95% em 2016 – que parece estar a preço de ouro. Outros itens da alimentação também estão assustando quem vai às compras.

Frutas como a manga, o mamão, a banana-prata e a uva também estão na lista de vilões da inflação, medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Elas registraram aumentos que variam de 40% a 114%, somente neste ano.

Queridinho do brasileiro, o feijão tem perdido a vez no cardápio de muitas famílias. Com o preço do quilo ultrapassando R$ 10, em alguns casos, e a inflação do produto chegando a quase 40% em 2016, muitos consumidores têm optado por comprar marcas mais baratas ou até mesmo reduzir o consumo em casa.

A explicação para o preço do feijão estar tão elevado vem do clima. Segundo o economista e coordenador de Extensão da Rede Doctum, Paulo Cezar Ribeiro, a cultura da semente é muito sensível às variações climáticas e, com a estiagem, a colheita ficou bastante prejudicada.

Magnago acrescenta que em estados produtores de feijão, como Paraná e Santa Catarina, além da estiagem do início do ano, o frio e a chuva dos últimos meses prejudicaram a colheita, reduzindo a oferta do produto.

Leia a notícia na íntegra no site G1 - ES.

Fonte: G1 - ES

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Mandioca/Cepea: Baixa oferta mantém preços em alta
Risco de oferta e demanda firme resultam em alta volatilidade no mercado internacional de cacau
Crédito Emergencial: Governo de SP libera R$ 5 milhões para produtores de batata-doce e mandioca afetados pela estiagem
Brasil tem capacidade para estar entre os maiores produtores mundiais de cacau
Preços do cacau sobem em meio a foco renovado em problemas de oferta
HORTI RESENHA #59 - Uso de tecnologia reduziu perdas do limão tahiti no varejo de 25% para menos de 3%