Arroz: Audiência pública tratará da repactuação das dívidas agrícola

A Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul realizará uma “Audiência Pública sobre a Repactuação dos Financiamentos Agrícolas no Sistema Financeiro da Safra de Arroz 2010/2011”, nesta quinta-feira, dia 13 de outubro. O encontro que tratará do endividamento agrícola acontecerá a partir das 9h30min, na Sala João Neves da Fontoura (Plenarinho), no 3º andar do Palácio Legislativo, em Porto Alegre/RS, a pedido da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz).

O presidente da Federarroz, Renato Caiaffo da Rocha, reforça a importância da presença do maior número possível de produtores e líderes setoriais, para o debate deste que é um dos maiores problemas do cenário atual da orizicultura gaúcha. Segundo ele, em 22 safras, apenas 7 geraram rentabilidade à lavoura de arroz e a soma dos prejuízos acumulados por falta de uma política agrícola e econômica adequada à realidade da agropecuária nacional levou ao quadro atual. “Boa parte dos produtores de arroz atualmente estão endividados, em valores astronômicos, porque não há garantia de preços ao produto agrícola, o baixo acesso ao crédito em razão das exigências e dos juros ainda fora da realidade, e da tributação, que faz da lavoura mais produtiva do mundo, de melhor tecnologia, também uma das mais caras do mundo”, avisa.

Em razão da grave crise de preços da safra 2010/2011 vivenciada pelo Setor Produtivo, fato que ainda assola os produtores, o Governo, em julho de 2011, editou medidas de repactuação, envolvendo custeios, investimentos, EGFs e outros financiamentos, mesmo assim alguns bancos dificultam o processo, colocando entraves na negociação, resultando em atraso no equacionamento dos compromissos da safra passada e colocando em risco a obtenção de recursos para a formação da nova lavoura. “A lavoura não pode esperar mais, pois estamos em pleno plantio, precisamos novamente do apoio dos parlamentares e dos governos para equacionar os obstáculos que estão no caminho” alertou Rocha.