Os três fatores que estão afetando a comercialização do trigo neste momento

Publicado em 01/08/2011 11:36
São três os fatores que estão afetando a comercialização do trigo neste momento: a) os leilões da Conab, que estão colocando à disposição dos moinhos volumes razoáveis, a preços razoáveis; b) estoques nas mãos dos produtores de aproximadamente 500 mil toneladas, além dos estoques do governo; c) uma cota extra de 400 mil toneladas de trigo argentino da safra 2010/11, colocada no mercado nesta quinta-feira. Tudo isto deixa os moinhos mais tranqüilos no que se refere ao seu abastecimento de matéria prima, dando-lhes o poder de pressão sobre os preços, que caíram entre 0,54% e 2,43% no mercado de lotes do Rio Grande do Sul, com reflexos sobre os preços pagos aos agricultores e entre 1,93% e 7,55% no Paraná, também com reflexos para os triticultores do estado.

As perspectivas para o próximo semestre que se inicia não são de novas altas, porque teremos a fase de super oferta na colheita, que se iniciará em setembro no Paraná (2,2 milhões de toneladas) e no Paraguai, (1,3 milhão de toneladas) de trigo de boa qualidade. Com isto, os moinhos não sentem necessidade de se desesperar em garantir a sua cota e, consequentemente, em elevar os preços. Mesmo assim, todos sabemos que os preços neste ano estão entre 17% e 26% mais elevados do que os do ano passado, dependendo da localidade. Os analistas acreditam que as boas exportações já fechadas para a próxima temporada vão garantir preços levemente melhores do que o Preço Mínimo para os lotes exportados e que os lotes do mercado interno deverão girar ao redor do Preço Mínimo pelo menos até o próximo mês de janeiro, com uma tendência para menor durante o auge da safra no Paraná (outubro/novembro) e no Rio Grande do Sul (dezembro/janeiro). Quem ouviu e seguiu as nossas recomendações, feitas durante os últimos meses de março até junho, de que os preços estavam ótimos no mercado internacional e deveriam ser feitas exportações para fixá-los, vai certamente colher bons frutos nesta temporada. Quem deixou para vender depois de colher, talvez não goste do resultado. Mercado futuro existe para isto: se não há no Brasil, há na Argentina, nos Estados Unidos, em Paris, na Austrália, etc. Basta saber aproveitar. E as cooperativas sabem.

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Fonte: Trigo & Farinhas

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