Costa do Marfim: Ouattara, um dos presidentes, manda suspender exportações de cacau e café
Os preços do cacau dispararam em Londres e Nova York nesta segunda-feira, depois do governo de Ouattara ordenar este cessar imediato das exportações por um mês, enquanto a chefe da diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, estimava que o embargo comercial era uma opção a considerar no futuro, mas por enquanto não.
Ouattara, considerado presidente da Costa do Marfim por diversos países, incluindo as potências ocidentais, "informou" em um comunicado "aos operadores econômicos, o cessar imediato de toda exportação de café e cacau" a partir desta segunda-feira e até 23 de fevereiro.
"O governo diz que vai considerar os que infringem a medida como financiadores das atividades da administração ilegítima de Laurent Gbagbo", o outro presidente proclamado, mas não reconhecido pela comunidade internacional.
Para Gilles Yabi, diretor para a África Ocidental da ONG International Crisis Group (ICG), "ainda que não cumpram totalmente com a ordem, como certamente ocorrerá, vão causar perdas a Gbagbo".
A Costa do Marfim, que tem o maior porto exportador de cacau do mundo (São Pedro), está afundada em uma crise política após a eleição presidencial de 28 de novembro, já que Ouattara e o presidente em fim de mandato Gbagbo, se consideram presidentes legitimamente eleitos.
O cacau e o café, do qual a Costa do Marfim é o décimo segundo produtor mundial, representam cerca de 20% do PIB (Produto Interno Bruto) do país e 40% dos lucros de exportações. Este país de 21,1 milhões de habitantes da costa ocidental africana é o maior exportador em nível mundial de cacau.
Enquanto isso, os preços do cacau disparavam em Londres e Nova York.
No mercado NYBoT-ICE de Nova York, a tonelada de cacau para entrega em março subiu até os 3.393 dólares, seu maior nível desde janeiro de 2010.
Já no Liffe de Londres, o cacau também para entrega em março chegou às 2.307 libras a tonelada, sua cotação mais alta desde agosto do ano passado.
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