Produtor de trigo do RS pressiona por valorização do produto
Publicado em 23/12/2009 13:01
Depois do granizo e da chuva intensa na safra de trigo no Rio Grande do Sul, os produtores também enfrentam dificuldades após a colheita. O baixo preço para venda do cereal obriga os agricultores a esperar por melhor cotação para a principal cultura de inverno em solo gaúcho.
Levantamento da Emater apontou que 97% da área de 860 mil hectares de trigo foram colhidos até a última semana. A expectativa é de que o trabalho das colheitadeiras seja encerrado essa semana, com produção estimada em 1,7 milhão de toneladas, ante uma colheita de 2,19 milhões de toneladas em 2008.
Para o engenheiro agrônomo da Emater, Gianfranco Luis Bratta, a sequência de chuva a partir de novembro prejudicou cerca de 20% do total de trigo do Estado.
– Devido à má qualidade, o trigo não pode ser vendido para farinha e acaba indo para ração, por um preço muito baixo – afirmou Bratta.
Foi o que aconteceu com o produtor de Marau, Julio Gasparotto Markus, 30 anos, que em razão da chuva perdeu produtividade e qualidade em parte dos 170 hectares da lavoura. Mesmo assim, o maior problema é a venda da produção estocada no silo da cooperativa em Passo Fundo.
– É o mesmo problema dos anos anteriores. Não há compradores que paguem o valor mínimo estipulado pelo governo (R$ 26,46). Se quisermos vender, temos de nos sujeitar a receber R$ 22 ou R$ 23 pela saca, o que é pouco – afirmou Markus.
A reclamação é compartilhada pelo presidente da Comissão do Trigo da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul, Hamilton Jardim. A alternativa, acrescentou Jardim, é que o governo utilize os mecanismos que tem para tentar aumentar o preço pago ao produtor.
A utilização de um desses instrumentos foi confirmada pela Companhia Nacional de Abastecimento na segunda-feira. Serão destinados R$ 62 milhões para aquisição do governo federal (AGF) de trigo pelo Brasil. Outra maneira do governo intervir no mercado é o Prêmio para Escoamento de Produto (PEP), que subsidia os moinhos para comprarem o trigo brasileiro.
De acordo com o analista de mercado de trigo da Safras & Mercado, Elcio Bento, não há perspectiva de elevação do preço pago pelo trigo gaúcho nos próximos meses. O grande estoque mundial do cereal e a entrada da colheita Argentina reduzem as chances de alta na cotação.
– Quem tiver mais fôlego nas contas pode esperar mais alguns meses. A partir do segundo trimestre do próximo ano, o mercado deve estar mais aquecido – destacou Bento.
Levantamento da Emater apontou que 97% da área de 860 mil hectares de trigo foram colhidos até a última semana. A expectativa é de que o trabalho das colheitadeiras seja encerrado essa semana, com produção estimada em 1,7 milhão de toneladas, ante uma colheita de 2,19 milhões de toneladas em 2008.
Para o engenheiro agrônomo da Emater, Gianfranco Luis Bratta, a sequência de chuva a partir de novembro prejudicou cerca de 20% do total de trigo do Estado.
– Devido à má qualidade, o trigo não pode ser vendido para farinha e acaba indo para ração, por um preço muito baixo – afirmou Bratta.
Foi o que aconteceu com o produtor de Marau, Julio Gasparotto Markus, 30 anos, que em razão da chuva perdeu produtividade e qualidade em parte dos 170 hectares da lavoura. Mesmo assim, o maior problema é a venda da produção estocada no silo da cooperativa em Passo Fundo.
– É o mesmo problema dos anos anteriores. Não há compradores que paguem o valor mínimo estipulado pelo governo (R$ 26,46). Se quisermos vender, temos de nos sujeitar a receber R$ 22 ou R$ 23 pela saca, o que é pouco – afirmou Markus.
A reclamação é compartilhada pelo presidente da Comissão do Trigo da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul, Hamilton Jardim. A alternativa, acrescentou Jardim, é que o governo utilize os mecanismos que tem para tentar aumentar o preço pago ao produtor.
A utilização de um desses instrumentos foi confirmada pela Companhia Nacional de Abastecimento na segunda-feira. Serão destinados R$ 62 milhões para aquisição do governo federal (AGF) de trigo pelo Brasil. Outra maneira do governo intervir no mercado é o Prêmio para Escoamento de Produto (PEP), que subsidia os moinhos para comprarem o trigo brasileiro.
De acordo com o analista de mercado de trigo da Safras & Mercado, Elcio Bento, não há perspectiva de elevação do preço pago pelo trigo gaúcho nos próximos meses. O grande estoque mundial do cereal e a entrada da colheita Argentina reduzem as chances de alta na cotação.
– Quem tiver mais fôlego nas contas pode esperar mais alguns meses. A partir do segundo trimestre do próximo ano, o mercado deve estar mais aquecido – destacou Bento.
Fonte:
Zero Hora