Na sede do Mapa, Câmara Setorial do Arroz debate atual cenário do setor
A Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Arroz realizou nesta quarta-feira (22) a 72ª reunião ordinária no formato híbrido para debater as perspectivas do atual cenário do setor. Esta é a segunda reunião liderada pelo novo presidente da Câmara, Henrique Dornelles, que assumiu a posição no final do mês de janeiro por meio da Portaria nº10/2024.
Na ocasião, o representante da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Sérgio Santos, apresentou que o arroz é o terceiro grão mais produzido no país. Segundo o levantamento de safra 2023/24 de maio, 87% da safra já se encontra colhida.
Diante do enfrentamento às consequências econômicas causadas pelas cheias no Rio Grande do Sul, a perspectiva para este ano é uma reversão nas importações e exportações brasileiras de arroz. “Nós precisamos do incentivo do Governo para o consumo do arroz produzido pelos agricultores gaúchos e para o fortalecimento da cadeia produtiva diante do atual cenário”, ressaltou Dornelles.
De acordo com Santos, a expectativa de exportação deve ser majoritariamente de arroz quebrado. Já a exportação do em casca deve ser em torno de 1,2 milhão de toneladas ao longo de 2024. A produção de arroz em casca é de 10,4 milhões de tonadas segundo a estimativa de maio para a safra de 2023/24.
Durante a reunião, as entidades representativas e membras da Câmara expressaram preocupação para a plantação da safra 2024/25. Diante disso, será marcada uma reunião com o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, sua equipe técnica e a Conab para apresentarem e debaterem o cenário do setor.
Ainda, foram apresentadas as perspectivas para o setor no Plano Safra pelo diretor do Departamento de Crédito e Informação, Wilson Vaz, e sobre seguro rural com o coordenador geral de Seguro Rural, Diego Melo.
Câmaras Setoriais
Criadas pelo Mapa, as Câmaras Setoriais e Temáticas são foros de interlocução para a identificação de oportunidades de desenvolvimento das cadeias produtivas e definição das ações prioritárias de interesse para o agronegócio brasileiro e seu relacionamento com os mercados interno e externo. Esse elo entre governo e setor privado resulta em um mecanismo democrático e transparente de participação da sociedade na formulação de políticas públicas.
As Câmaras Setoriais, que representam as cadeias produtivas, e as Câmaras Temáticas, que tratam de serviços, temas ou áreas de conhecimento relacionados às diversas cadeias produtivas, são constituídas por representantes de entidades de caráter nacional, de produtores, trabalhadores, consumidores, empresários, autoridades do setor privado e de órgãos públicos, técnicos governamentais e instituições financeiras.