Rússia ameaçou embarcações de civis no Mar Negro, diz Ucrânia
KIEV (Reuters) - Um alto funcionário ucraniano acusou a Rússia nesta sexta-feira de ameaçar embarcações de civis no Mar Negro e pediu à comunidade internacional que condene o que ele classificou como "métodos de terroristas".
Na semana passada, a Rússia saiu de um acordo mediado pela Organização das Nações Unidas (ONU) que permitia à Ucrânia exportar grãos com segurança através do Mar Negro, e alertou que os navios que se dirigissem aos portos ucranianos poderiam ser considerados alvos militares. A Ucrânia é um grande produtor global de grãos.
"Navios de guerra russos estão ameaçando civis no Mar Negro, violando todas as normas do direito marítimo internacional", escreveu Andriy Yermak, chefe do gabinete do presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, no aplicativo de mensagens Telegram.
Em comunicado separado, o serviço de guarda de fronteira da Ucrânia disse ter interceptado um alerta enviado pela Rússia a uma embarcação civil que passava perto de um porto ucraniano na quinta-feira. O comunicado não traz o nome do navio ou do porto.
"Os navios de guerra do agressor continuam a se comportar de forma descarada e audaciosa nas águas do Mar Negro, violando todas as normas do direito marítimo internacional", disse o órgão.
A Rússia não respondeu imediatamente aos comentários de Yermak ou à declaração do serviço de guarda de fronteira.
O Serviço Federal de Segurança da Rússia disse na quinta-feira que encontrou vestígios de explosivos a bordo de uma embarcação estrangeira, que havia passado por um porto ucraniano, em rota da Turquia para a Rússia.
Esse foi o segundo anúncio do tipo nesta semana envolvendo uma embarcação estrangeira indo para a Rússia buscar grãos.
A Rússia, que enviou dezenas de milhares de soldados para a Ucrânia em fevereiro de 2022, tem realizado ataques aéreos frequentes em instalações de grãos ucranianas desde que Moscou deixou a Iniciativa de Grãos do Mar Negro, intermediada pela ONU e pela Turquia em julho do ano passado.
Kiev sugeriu que os ataques visam isolar a Ucrânia do Mar Negro e aumentar a importância da Rússia como fornecedora global de grãos.
(Reportagem de Anna Pruchnicka e da redação de Kiev)
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