Principal terminal de exportação de grãos da França prevê aumento de 14% em 22/23

Publicado em 06/01/2023 15:48

Por Gus Trompiz

PARIS (Reuters) - A Senalia, operadora do maior terminal de exportação de grãos da França, pretende carregar 4,6 milhões de toneladas de cereais na temporada 2022/23 até 30 de junho, um aumento de quase 14% em relação a 2021/22, como reflexo da demanda chinesa e da guerra na Ucrânia.

A França é o maior fornecedor de grãos da União Europeia e seus embarques de trigo contribuíram para o aumento geral das exportações de trigo da UE até agora nesta temporada.

Entre julho e dezembro, a Senalia carregou 2,4 milhões de toneladas de cereais no porto de Rouen, um aumento de 11% em comparação com o mesmo período da temporada passada, disse o presidente-executivo Gilles Kindelberger durante uma apresentação da empresa.

A França, como outros países exportadores da UE, concentrou demanda extra no início da temporada, depois que a invasão russa na Ucrânia afetou os embarques do Mar Negro.

Os fluxos da Rússia e da Ucrânia se recuperaram desde então, ajudados pela criação de um corredor de grãos em tempo de guerra a partir dos portos ucranianos.

Depois de embarcar principalmente trigo na primeira metade da temporada, a Senalia espera que a cevada impulsione sua atividade pelo restante de 2022/23, com os preços cada vez mais competitivos da França ganhando vendas à China, disse Kindelberger mais tarde a repórteres.

Um navio acaba de carregar cerca de 40 mil toneladas de cevada em Rouen para a China, mostraram dados do porto.

A Senalia estava alcançando grandes volumes de carregamento, apesar dos problemas de dragagem no rio Sena em Rouen, que reduziu em cerca de 10.000 toneladas o máximo que poderia ser carregado nesta temporada em grandes navios panamax, acrescentou.

A Senalia carregou 4,05 milhões de toneladas de cereais na temporada 2021/22 anterior, disse.

Entre seus outros produtos, a Senalia espera uma recuperação nos volumes movimentados de açúcar nesta temporada.

(Por Gus Trompiz)

Fonte: Reuters

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