Goiás registra crescimento de 82,6% nas exportações de arroz no acumulado de 2022, aponta Agro em Dados

Publicado em 13/12/2022 11:39
Boletim de dezembro revela, ainda, projeção de aumento de 15,7% na produtividade do cereal no Estado. A publicação traz dados também sobre outros segmentos agropecuários como soja, milho, bovinos, suínos, frangos e lácteos

De janeiro a outubro deste ano, as exportações de arroz em Goiás cresceram 82,6% em comparação com o mesmo período de 2021. O volume embarcado para fora do País foi de 4 mil toneladas, aumento de 84,9% em relação ao ano passado, tendo como principais destinos Venezuela, Senegal e Bolívia. O montante registrado foi de US$ 2,0 milhões. Com esse resultado, o Estado ocupa a quarta posição entre os principais exportadores nacionais do cereal, atrás de Rio Grande do Sul, Roraima e Santa Catarina. As informações integram a edição de dezembro do Agro em Dados, publicação mensal da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa).

De acordo com o boletim, as exportações nacionais do cereal também registraram aumento de 95,1% no faturamento alcançado no acumulado de 2022 (janeiro a outubro), frente ao mesmo período de 2021. O montante foi de US$ 516,1 milhões, proveniente de embarques de mais de um milhão de toneladas de arroz, destinados principalmente ao México, Senegal e Venezuela.

Em relação ao cultivo de arroz, Goiás havia plantado, até o dia 26 de novembro, quase 73% do total destinado à cultura na atual safra. Segundo o Agro em Dados deste mês, a projeção é de crescimento de 15,7% em produtividade, alcançando 5,2 toneladas por hectare. Entretanto, a perspectiva é de redução de área cultivada, registrando 16,3 mil hectares, e de produção do arroz goiano, que deve ser de 85,3 mil toneladas.

Entre os principais municípios goianos produtores, os destaques são Flores de Goiás, São Miguel do Araguaia e São João D´Aliança. Localizado a 440 quilômetros de Goiânia, na região Nordeste do Estado, Flores de Goiás lidera a produção e é reconhecido pelo cultivo de arroz irrigado, que movimenta a economia e gera renda para vários agricultores familiares que vivem em assentamentos rurais na região.

O titular da Seapa, Tiago Mendonça, ressalta que a cultura tem conquistado mais espaço entre as atividades agrícolas desenvolvidas no Estado e o reflexo disso é no campo e na balança comercial. “É o principal cereal consumido no mundo e isso chama a atenção do produtor. Com investimentos em manejo e tecnologia, o agricultor goiano tem aumentado a produtividade em suas lavouras, trazendo resultados para a economia, especialmente em municípios que se destacam no cultivo. Atualmente, além de abastecer o mercado interno, o arroz produzido em solo goiano alcança outros países e registra, ano após ano, crescimento em exportações. Isso mostra a importância do cereal cultivado em Goiás”, enfatiza.

Ainda
O Agro em Dados de dezembro traz análises e números (reais e estimativos) de sete segmentos agropecuários: soja, milho, arroz, bovinos, suínos, frangos e lácteos. Os itens abordados incluem valor bruto de produção (VBP), produção total, área plantada, produtividade média, ranking nacional, abates, exportações e principais compradores.

O boletim dedica ainda um capítulo especial ao Programa de Melhoria da Qualidade Genética do Rebanho Bovino Brasileiro (Pró-Genética). Concebido pela Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) e implementado conjuntamente com os governos estaduais e municipais representados pelos órgãos de extensão rural, o objetivo do programa é tornar acessível a comercialização de touros puros de origem (PO). Em Goiás, o Pró-Genética é realizado por meio de parceria entre ABCZ e Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater).

Fonte: Seapa

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Ibrafe: Produtores continuam à espera da demanda
Arroz/Cepea: Liquidez segue baixa e cotações, em queda
Anec reduz projeções de exportações de soja e milho do Brasil em novembro
Acordo comercial entre Brasil e China pode impulsionar a produção de gergelim no Brasil
Ibrafe: Adidos agrícolas fazem a diferença no Feijão
Ibrafe: Feijão-carioca segue indicando melhora
undefined