Setor arrozeiro vai "seguir na defesa de pleitos independente de quem estiver no governo"
O setor arrozeiro foi mais um que se manifestou diante do término da eleição para presidente do Brasil no último final de semana.
O presidente da Federarroz (Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul) afirmou que a entidade “vai continuar a defesa dos pleitos do setor arrozeiro, independente de quem estiver no governo”.
Entre os principais pleitos do setor neste momento, Velho elencou as pautas estruturais como custos de produção, o acordo comercial com o México, questões tributárias, abertura de novos mercados e a identificação da origem do arroz.
Na visão do especialista no mercado de arroz da SAFRAS & Mercado, Evandro Oliveira, o cenário ainda é nebuloso, já que o novo governo ainda está em formação e as políticas econômicas não estão muito claras, mas acredita que trocas de governo, comumente, mudam pouco para o agro “que deve seguir pujante e vivendo um bom momento”.
“Uma das variáveis que pode vir a influenciar é o câmbio, que pode oscilar bastante nessa transição, mas se mantendo acima dos R$ 5,00 e favorecendo as vendas externas brasileiras”, ressalta.
Olhando para o arroz, Oliveira destaca que “a proximidade do novo governo com países da América Latina pode até ser benéfica, visto que são uns dos nossos principais destinos de exportação do cereal, como México, Nicaragua, Peru, Venezuela entre outros”.
Já do lado do mercado interno, “as políticas de transferência de renda devem permanecer, mantendo essa demanda importante para o arroz e também para o feijão, dois alimentos básicos de extrema importância para o povo brasileiro”, diz o especialista.
Já uma questão que deve ficar sem solução no curto e médio prazo são as tributações estaduais, que na visão de Oliveira, “impedem o escoamento do produto gaúcho a outros estados, beneficiando as exportações paraguaias que permanecem inundando mercado brasileiro e impedindo um avanço mais consistente dos preços do arroz gaúcho”.
Em âmbito geral, o especialista da SAFRAS & Mercado acredita em expectativas muito boas para o arroz, que deve contar com os menores estoques da história, refletindo nas cotações que vem reagindo gradualmente e trazendo o fôlego que o produtor tanto precisava.