Indonésia substitui restrições por imposto maior na exportação de óleo de palma
Por Bernadette Christina
JACARTA (Reuters) – A Indonésia removerá as restrições para exportação de produtos de óleo de palma e aumentará sua taxa de exportação, disse o ministro do Comércio nesta quinta-feira, em uma surpreendente reviravolta política apenas uma semana depois de chocar os mercados ao apertar ainda mais as limitações.
O maior exportador mundial de óleo comestível havia exigido que as empresas vendessem 30% de seu volume planejado de exportação de produtos de óleo de palma, acima dos 20% impostos em janeiro, sob a chamada obrigação do mercado interno (DMO). A medida visava garantir o abastecimento local em meio a aumento dos preços do óleo de cozinha.
Em uma audiência parlamentar, o ministro do Comércio, Muhammad Lutfi, disse que essas políticas resultaram em escassez de suprimentos e que o DMO seria retirado. Os regulamentos foram acordados e aprovados na quinta-feira.
O teto do imposto e da taxa de exportação de palma serão aumentados, disse ele, de um máximo combinado 375 dólares por tonelada para 675 dólares por tonelada.
O imposto CPO máximo seria aplicado quando os preços alcançassem 1.500 dólares por tonelada.
Os preços globais do óleo de palma bruto subiram para máximas históricas este ano em meio à crescente demanda e à fraca produção dos principais produtores Indonésia e da Malásia, além dos limites de exportação indonésios.
A Associação de Óleo de Palma da Indonésia (GAPKI) disse que a remoção das restrições foi bem-vinda, mas o grupo ainda aguarda detalhes do aumento da taxa de exportação, disse o secretário-geral Eddy Martono.