Mercado reduz influência de notícias da China e soja e milho voltam a subir em Chicago
Os preços futuros da soja e do milho começaram a quarta-feira (21) subindo e estendendo os ganhos na Bolsa de Chicago (CBOT). Depois perderam força com a divulgação de informações de que a China iria reduzir o uso de farelo de soja e milho na alimentação animal no país, mas recuperaram a tendência de alta no final da manhã.
Para a soja, por volta das 11h50 (horário de Brasília), o vencimento maio/21 era cotado à US$ 14,81 com valorização de 9,50 pontos, o julho/21 valia US$ 14,65 com ganho de 7,75 pontos, o setembro/21 era negociado por US$ 13,42 com alta de 5,75 pontos e o novembro/21 tinha valor de US$ 13,06 com elevação de 6,75 pontos.
Já para o milho, por volta das 11h50 (horário de Brasília), o vencimento maio/21 era cotado à US$ 6,18 com valorização de 12,00 pontos, o julho/21 valia US$ 6,00 com alta de 8,50 pontos, o setembro/21 era negociado por US$ 5,33 com elevação de 6,25 pontos e o novembro/21 tinha valor de US$ 5,34 com ganho de 5,50 pontos.
Segundo informações da Agência Reuters, o milho segue apoiado por preocupações com o lento progresso do plantio no meio-oeste dos Estados Unidos e com condições de seca no Brasil.
“O clima frio no meio-oeste dos EUA está desacelerando a germinação do milho e limitando o plantio adicional, pois os solos permanecem muito frios em muitas áreas. Já para a safrinha do Brasil, a metade sul da área permanece seca, gerando preocupações de produção com a safra”, aponta a publicação.
“Atualmente está muito frio nos Estados Unidos e algum milho recentemente plantado pode se machucar ou pelo menos demorar para emergir”, acrescenta o analista de mercado do Price Group, Jack Scoville.
A IHS Markit reduziu sua estimativa de milho de segunda safra no Brasil em 5,55 milhões de toneladas para 79,45 milhões. Sua estimativa para a safra total de milho no Brasil é de 104 milhões de toneladas o que representa uma queda de 4,6 milhões.
Olhando para a soja, a Reuters destaca que as perdas foram limitadas por oferta restrita e demanda robusta de soja e óleo de soja.
“Ainda há demanda esmagadora e demanda de exportação, embora a demanda seja menor agora do que antes. Os EUA não têm mais muita soja no país, pois a maioria dos produtores já vendeu. Os compradores estão lutando para encontrar o que resta. A demanda interna dos EUA tem sido forte. O farelo de soja está sob pressão devido à grande compra observada no óleo de soja”, diz Scoville.
O acompanhamento da safra brasileiro 2020/21 também merece atenção do mercado neste momento. “A colheita do Brasil foi atrasada devido a datas de plantio atrasadas devido ao tempo seco e agora muita chuva que causou atrasos na colheita e alguns problemas de qualidade no norte também. As atividades de colheita aumentaram, mas a colheita permanece muito lenta no geral”, pontua Scoville.
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