No Valor Econômico: Governo vai zerar tarifas de importação de soja, milho e arroz
O Governo vai retirar temporariamente as tarifas de importação de arroz, soja e milho de países de fora do Mercosul, segundo informou ao jornal Valor Econômico o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, César Halum.
O objetivo da medida é propor equilíbrio dos preços e combater impactos na inflação dada a disparada dos valores dos três grãos no Brasil, ainda segundo o secretário, que não especificou até quando vale a isenção. Nesta quinta-feira (27) a medida será votada de pelo Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Camex).
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>> Governo vai retirar tarifas de importação de arroz, milho e soja
"Dificilmente vamos importar alguma coisa. Temos grãos dentro do Brasil e vai normalizar a comercialização com essa medida. O problema é que os preços dispararam. Não podemos proibir ninguém de exportar. Mas não vamos ter nenhum problema de abastecimento, está garantido. Nossa luta é para controlar os preços", disse Halum ao Valor.
Ainda de acordo com a notícia, a maior preocupação do governo é com o arroz - que chegou a ter a seca negociadia a R$ 100,00 em partes do Brasil - e os impactos para o consumidor final. "É um alimento básico. Se tiver gente segurando arroz, especulando para aumentar preço, pode desovar, senão o Brasil vai importar e equilibrar o mercado", disse o secretário.
Na soja, as importações superam largamente os anos anteriores dada a oferta escassa de produto. Somente do Paraguai, as compras de janeiro a 15 de agosto somam 455 mil toneladas contra 150 mil de todo 2019. No entanto, o mercado vem especulando que o Brasil poderia importar soja americana, por exemplo, produto para o qual hoje a tarifa de importação para países de fora do Mercosul é de 8%, como no milho.
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NOTA OFICIAL DA ABPA
ABPA é favorável à extinção de tarifas para importação de milho e soja
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) é favorável à extinção de tarifas para importação de milho e soja, visto que estes setores se tornaram altamente exportadores.
O setor produtivo brasileiro prioriza os grãos produzidos internamente. Ao mesmo tempo, precisa de fontes alternativas quando os grãos no mercado interno atingem altas de tal forma que se torne mais vantajoso importar.
A ABPA defende o livre mercado, por isto, da mesma forma que não é favorável às restrições para exportação, também acredita ser justo permitir condições equilibradas para a importação dos insumos.
A possibilidade de importação é fundamental, também, para a manutenção do controle inflacionário, já que os custos elevados de produção fatalmente refletirão no preço dos alimentos ao consumidor final.