Impostos sobre exportação de soja na Argentina fazem cultivo de milho e trigo em Córdoba cresceram 56% e 88,6%, respectivamente
Quando o governo da Argentina decidiu eliminar os impostos sobre a exportação, as chamadas "retenciones" e os Registros de Operações de Exportação (ROE) que pesavam sobre o trigo e o milho, os produtores viram também uma janela para devolver a sustentabilidade a um sistema produtivo que mostrava o impacto de anos de monocultivo de soja.
Na província de Córdoba, a safra 2016/17 terminou com o maior volume de cereais da história e compensou a queda que teve a soja, que continuou com taxas de 30% sobre o grão, alíquota que deve baixar 0,5% mensalmente durante dois anos, a partir de 2018.
Somados os três cultivos, foram colhidas 34 milhões de toneladas no último ciclo, 23% a mais do que as 27,6 milhões de toneladas da safra anterior, segundo dados da Bolsa de Cereais de Córdoba.
Este número foi alcançado graças aos números do milho e do trigo, que expandiram sua produção em 56% e 88,6%, respectivamente. A soja, por sua vez, teve um retrocesso de 11%.
O ponto negativo foi que os preços internacionais caíram em cerca de 10% e afetaram o aporte do agronegócio para a economia local.
Com a referência de preços FOB (sem retenciones) ao momento da colheita, a última safra gerou um valor bruto de US$8 bilhões de dólares, 3% abaixo dos quase US$8,3 bilhões do ciclo anterior. A soja perdeu US$1,2 bilhão, que foram compensados por US$900 milhões provenientes do trigo e do milho.
Tradução: Izadora Pimenta