Argentina pode perder 100.000 ha da área de trigo por excessos hídricos
Com um cenário mais favorável, devido à eliminação das políticas públicas que afetaram negativamente o seu cultivo durante as últimas safras, o trigo voltou à cena na Argentina.
Conforme escreve Estebán Copati, chefe de Estimativas Agrícolas da Bolsa de Cereais de Buenos Aires, ao jornal La Nación, deveria ocorrer uma mudança de tendência para a safra 2017/18, com 5,5 milhões de hectares plantados. Entretanto, a evolução recente do clima coloca incerteza sobre as possibilidades de concretização das intenções de plantio.
Situação hídrica em Buenos Aires
As chuvas abundantes que cairam sobre regiões já antes sobrecarregadas provocaram alagamentos e inundações em uma grande quantidade de lotes. Assim, cerca de 100.000 hectares inicialmente destinados a este cereal na Zona Núcleo se encontram afetados pelos excessos hídricos.
Situação hídrica em Córdoba
Essas regiões começam a passar pela janela ideal de plantio, que se estenderá pelos próximos dois meses. Contudo, se a situação climática não melhorar nas semanas seguintes, grande parte dos lotes comprometidos não poderiam ser plantados.
Situação hídrica em Santa Fe
Copati aponta que, para compreender a situação atual, é preciso destacar a evolução do clima durante os últimos anos. Desde o ciclo 2013/14 até o presente, a Argentina enfrentou 4 anos climáticos neutros, porém, com chuvas abundantes e um ano de El Niño (2015/16). Assim, nas últimas safras, o país teve diversas áreas afetadas por inundações em diferentes setores e épocas do ano.
Situação hídrica em La Pampa
Tradução: Izadora Pimenta