Plantio do trigo inicia na região de Santa Rosa (RS)

Publicado em 19/05/2017 07:38

O plantio da safra de trigo deverá tomar impulso a partir de 19 de maio, conforme determina o zoneamento agrícola e de risco climático. Na Região Administrativa de Santa Rosa, há uma tendência de redução de área, que pode variar de 3% a 5% em relação à safra anterior. Mesmo com o tempo não muito favorável ao plantio, devido às chuvas dos últimos dias, cerca de 2% da área a ser plantada na região (208 mil ha) já se encontra coberta. De acordo com o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, parte da área coberta com trigo deve ser semeada com aveia branca e aveia preta, esta última com objetivos de pastagens e também grãos. Em alguns municípios da região, existe a possibilidade de que a área cultivada com aveia branca se iguale à área cultivada com trigo.

Na região Celeiro, os produtores estão intensificando o preparo da lavoura, evitando os plantios mais precoces, principalmente pelos prognósticos de inverno mais úmido. Já no Planalto, a fase é de sistematização da área (práticas conservacionistas do solo, aplicação de calcário e dessecação) para iniciar a semeadura no primeiro decênio de junho. Os produtores estão reservando sementes de cultivares mais rústicas com as quais farão uso de menores investimentos, uma vez que os preços dos insumos não são atrativos.

No Alto Uruguai, tradicional região produtora de cevada, com uma área inicial prevista de 7 mil hectares, a procura maior por crédito para financiar a cultura foi maior, já que o preço fixado com empresas compradoras do grão está em torno de R$ 40,00 a saca.

Iniciou o plantio da canola nas regiões da Fronteira Noroeste e Missões. Ainda com poucas manifestações, a tendência é de uma semeadura de cerca de 13 mil hectares. Apicultores de outras regiões, principalmente de Santiago e Jaguarí, já buscam fazer contatos para instalação de apiários próximos às áreas a serem cultivadas.

É lento o plantio de aveia branca nas regiões Celeiro, Alto Jacuí e Noroeste Colonial. Nas áreas já implantadas, há boa germinação. Também há sementes guardadas na propriedade para implantar boa parte da área. Na região Noroeste do Estado, 39 mil hectares devem ser cultivados com aveia branca.

CULTURAS DE VERÃO
Soja – Na Região de Santa Rosa (Noroeste do Estado), a colheita está praticamente finalizada, restando algumas áreas da chamada “safrinha”, plantada após a colheita do milho. Essas lavouras apresentam bons rendimentos, girando em torno dos 54 sc/ha, sendo que em alguns municípios a média ficou em 62 sc/ha, sendo considerada bem acima da média histórica regional. Já as áreas implantadas em janeiro e fevereiro e que se encontram em maturação apresentam menor produtividade em relação ao ano anterior. Apenas as áreas implantadas em janeiro apresentam rendimento regular. Nestas áreas, a pressão de doenças (ferrugem) foi severa, além do deslocamento dos insetos das áreas colhidas anteriormente. A comercialização da safra segue em ritmo lento e os produtores estão apreensivos com os rumos do mercado da cultura.

Feijão 2ª safra – A produção nas propriedades desta leguminosa da agricultura familiar é basicamente para autoconsumo, com venda do excedente no mercado local. O potencial produtivo está em torno de 1,5 a 1,8 toneladas/ha. Nas lavouras já colhidas, a produção está dentro do esperado.

FRUTÍCOLAS E OLERÍCOLAS

Caqui – Na Serra, a colheita da safra de caqui está acelerada. Os pomares não demonstravam tanta fruta como visto na maturação, havendo casos em que os galhos estão rompendo e muitas pernadas tiveram que receber escoras para evitar maiores danos na estrutura permanente dos caquizeiros. As frutas colhidas estão com ótimo aspecto, alto calibre, excelente coloração e sabor. A grande oferta deprecia o valor da fruta, havendo casos de abandono de parte da produção nos pomares.

Citros – À medida que as frutas ficam maduras e a colheita avança, é maior o volume de frutas cítricas do Vale do Caí disponibilizadas ao consumidor de todo o Estado. A primeira fruta cítrica a ser colhida e comercializada no Rio Grande do Sul, a bergamota Satsuma, está finalizada. Também iniciou a colheita da bergamota Ponkan, tangerina com maior área de cultivo no Brasil, sendo que, no Rio Grande do Sul, é a que possui a menor área de cultivo das do grupo das mediterrâneas (Caí, Pareci e Montenegrina). O tamanho das bergamotas em colheita está muito bom, apesar de que ainda não estão com a doçura no ponto ideal para comercialização.

Cebola – Na região da Serra, as sementeiras de variedades precoces vêm se desenvolvendo bem, sem maiores problemas fitossanitário e bom vigor das mudas. Intensifica-se a preparação das áreas que irão receber as sementes das variedades tardias, basicamente a Crioula, devendo ser a semeadura feita essencialmente na segunda quinzena de maio. Embora com uma redução média de 10% na precificação da semente, a procura junto ao comércio está aquém da safra passado. Esse quadro vem confirmar a expectativa que há tempo se desenha, de redução da área de plantio, devendo essa ficar ao redor de 15%, perfazendo uma área de 225 ha. Boa parte da produção da safra anterior ainda se encontra estocada nos galpões, principalmente dos cebolicultores que negociam nas Ceasa de Caxias do Sul e Porto Alegre.

CRIAÇÕES

Ovinocultura - O rebanho ovino ainda apresenta um bom estado nutricional, mas já sente a redução de oferta do campo nativo. O encarneiramento dos rebanhos se encaminha para o final. Como a diminuição da umidade, houve uma redução na incidência de manqueira e frieiras nos rebanhos ovinos. Com uma maior incidência de parasitas, os produtores estão realizando manejos estratégicos para o controle da verminose ovina, com dosificações de acordo com a necessidade ou conforme a condição corporal do rebanho. A época é de banhos sarnicidas, para o controle da sarna e piolho.

Avicultura - Em Horizontina, a produção de ovos está menor do que o normal, mas com ótima comercialização. Produção, abate e comercialização de Frango Caipira apresentam dificuldades na adequação de comercialização no sistema refrigerado, devido às normas da vigilância. Os aproximados 130 animais abatidos a cada duas semanas abastecem os mercados da cidade. Nesta época é necessário iniciar o manejo de luz artificial nos aviários de postura.

Fonte: Emater/RS

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