Seara Grãos, do Paraná, faz pedido de recuperação judicial de R$ 2,1 bilhões

Publicado em 21/04/2017 14:34

A Seara, empresa com atuação de mais de 60 anos no setor de agronegócios com sede em Sertanópolis (Região Metropolitana de Londrina), fez nesta quinta-feira (20) um pedido de recuperação judicial no Fórum do município. Nessa semana, a empresa também fez demissões de aproximadamente 120 funcionários dos cerca de 800 das mais de 50 unidades espalhadas nos estados do Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul. O débito da empresa chega a R$ 2,6 bilhões, sendo que R$ 2,1 bilhões são legalmente cobertos pela recuperação judicial. O maior credor são os bancos, que possuem R$ 1,7 bilhão desses débitos. Em 2016, a Seara teve faturamento de R$ 3,5 bilhões. 

A decisão foi divulgada em comunicado enviado no final da tarde de quinta-feira. Nele, a Seara elenca os motivos para o pedido de recuperação judicial: "a grave crise econômica que já dura mais de 30 meses e seus impactos negativos sobre a atividade empresarial em todo o território nacional"; "os atrasos em pagamento de créditos tributários que a empresa tem a receber junto ao Governo Federal"; "a significativa redução de crédito no mercado financeiro brasileiro", "o impacto destes problemas no balanço e no fluxo de caixa da empresa"; e "objetivando preservar a perenidade de suas atividades, a manutenção de empregos e a regularização de débitos juntos a fornecedores, parceiros e terceiros". 

Em setembro de 2014, a empresa inaugurou um novo terminal de embarque ferroviário em Marialva, com capacidade de embarque de 2 milhões de toneladas por ano. O investimento foi de R$ 80 milhões. Além da unidade em Marialva, a Seara vinha investindo em outros terminais, desde 2003, em Londrina, Maringá e Itiquira (MT) como forma de melhorar sua logística até o Porto de Paranaguá. A "grande dificuldade na utilização dos serviços de transporte ferroviário" foi outra das razões apontados pela Seara para o pedido de recuperação judicial. 

Leia a notícia na íntegra no site Folha de Londrina.

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Fonte: Folha de Londrina

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