Colheita do milho chega aos 50% das lavouras no RS
A colheita das lavouras de milho para grão está com 50% da área já concluída, com produtividades superando as expectativas iniciais, cuja média é de 6.019kg/ha. Já em lavouras de sequeiro, as produtividades variam de 100 a 150 sacas por hectare, enquanto que em lavouras irrigadas, variam de 200 a 250 sacas por hectare. De acordo com o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, os grãos apresentam boa qualidade, sem a presença de grãos avariados. Atualmente, 26% das lavouras de milho estão maduras e por colher, 20% em enchimento de grãos, 3% estão em floração e 1% das áreas está em germinação e desenvolvimento vegetativo.
Esperando obter um produto de melhor qualidade e maior preço, muitos produtores estão investindo na construção de silos secadores em alvenaria para armazenagem do milho grão na propriedade.
As lavouras de milho chamado “safrinha” implantadas desde janeiro apresentam bom stand de população de plantas e bom desenvolvimento vegetativo, devido às condições climáticas favoráveis. Há relatos de ataque da lagarta em algumas lavouras, exigindo aplicação de inseticida para seu controle.
Na soja, as lavouras semeadas dentro do calendário do zoneamento agrícola para o grão (final de outubro até meados de dezembro) continuam, na grande maioria, apresentando excelente porte e aspecto geral, com um dossel bem formado, altura superior a 1,30 m e com boa carga de vagens em formação e enchimento do grão. As lavouras precoces tendem a ser colhidas com mais intensidade em meados de março.
Como o clima continua com chuvas regulares e dias ensolarados, as lavouras de soja apresentam perspectiva de uma das melhores safras dos últimos anos. Atualmente, foram colhidas 6% das lavouras de soja, estando 15% maduras e por colher, 62% em enchimento de grãos, 15% em floração e 2% estão em germinação e desenvolvimento vegetativo.
Na cultura do feijão, a finalização da primeira safra depende apenas da colheita das áreas implantadas nos Campos de Cima da Serra, quando a colheita deverá iniciar no final da primeira quinzena deste mês. Nos aproximados oito mil hectares de feijão, apenas dois mil são de feijão preto, sendo o restante de cor (carioca), e que deverá ser exportado basicamente para a região Sudeste.
Lavoura da segunda safra de feijão ultrapassando os 50% semeados e com germinação e desenvolvimento vegetativo normal, favorecido pelo clima da semana. Nas primeiras lavouras semeadas, são realizados tratos culturais de adubação nitrogenada em cobertura e capina. Produtores em alerta com o aumento da incidência de Diabrotica e ataque de mosca branca em algumas áreas, sendo necessário o controle.
A cultura do arroz evolui de forma satisfatória, sem ocorrência de maiores percalços. Apenas casos pontuais de excesso de umidade devido às chuvas têm impedido uma colheita mais célere, que nesta semana atinge 20% do total da área semeada nesta safra. A colheita tem se mostrado mais rápida na Fronteira Oeste e Campanha, onde o calor e a insolação favorecem o processo de retirada da produção das lavouras dessa região. Nas lavouras já colhidas, as produtividades têm ficado dentro do esperado, oscilando entre 7,5 mil e 8 mil quilos por hectare, com grãos apresentando bom rendimento no engenho. Atualmente, 15% das lavouras estão maduras e por colher, 20% estão em enchimento de grãos e 5%, em floração.
FRUTAS E OLERÍCOLAS
Uva – Na região Serrana, segue firme a colheita da safra, estando no momento no auge da principal variedade cultivada na região, a Isabella. As condições do clima dos últimos dias, sem pancadas de chuvas, com bastante insolação e calor, têm contribuído para melhorar o teor de açúcar e manter a sanidade das bagas, principalmente quanto às podridões. Uma característica difícil de ser melhorada é a coloração dos frutos, mantendo-se mais para um rosado do que para tinto. Tal fato decorre da elevada carga de cachos e perdas das folhas ponteiras pela incidência de fitopatias. Também inicia a colheita das variedades tardias, como as Moscato e Cabernet Sauvignon. Algumas agroindústrias começam a refugar o recebimento de parte da produção, mesmo de viticultores parceiros, em função do volume já recebido e da capacidade estática de estocagem das cantinas.
Pepino – No Vale do Caí, a cultura se encontra na fase de colheita e desenvolvimento vegetativo das novas áreas, com situação fitossanitária regular. Neste momento, há lavouras em ffinal de colheita e com novos plantios, tanto do pepino conserva quanto do salada. As temperaturas altas limitaram um pouco o desenvolvimento normal da cultura em ambientes protegidos que não adotam alternativas para redução da temperatura interna. O período foi de intensa colheita, com bastante oferta de produto. A procura pelo pepino está em alta, e o preço se manteve entre R$ 25,00 a R$ 30,00/cx. de 20 quilos (preço de entrega dos produtores).
Aipim - Incrementa-se neste momento a colheita precoce da mandioca, devido à boa remuneração, o que justifica penalizar parte da produtividade que este cultivo alcançaria com seu ciclo fisiológico completo. Os valores de venda direta neste momento alcançam R$ 2,50/kg no Vale do Caí. Nas Missões e Fronteira Noroeste, a cultura está em desenvolvimento vegetativo, sendo realizados tratos culturais, como o controle de plantas daninhas, As lavouras estão com bom desenvolvimento, com perspectiva de uma boa safra, em função do grande número de raízes nas plantas.
Milho-verde - Este ano o rendimento da cultura está acima do esperado, inclusive em relação ao milho produzido para silagem e grãos no Vale do Taquari. A maior parte da cultura é comercializada na Ceasa, e apenas uma parte é beneficiada por uma agroindústria e vendida para uma rede de mercados. A variedade mais cultivada é a AG 8011, que está saindo do mercado e sendo substituída por outros híbridos. A produtividade média fica na faixa de 40 mil espigas colhidas/ha, numa densidade de 60 mil plantas, gerando 15 toneladas/ha de média.
CRIAÇÕES
Ovinocultura - Na região de Bagé, alguns rebanhos das raças Merino e Ideal estão sendo encarneirados. A época é de feiras de verão e remates para venda de carneiros e período de final de safra de lã, com os rebanhos esquilados e com uma remuneração semelhante ou até inferior à safra passada. A produção de lã se manteve nos padrões de produção, com média de 3,5 kg/ovelha. O custo de operação da esquila oscilou de R$ 4,50 a R$ 5,50, dependendo do método e do tamanho do rebanho. Os cordeiros apresentam bom desenvolvimento, sendo abatidos aos cinco meses com cerca de 35 kg vivo, e o preço de mercado pode chegar até R$ 6,00/kg vivo. O aumento da umidade pode acarretar em maior incidência de parasitas nos rebanhos ovinos; assim, produtores realizam manejos estratégicos para o controle da verminose ovina, com dosificações de acordo com a necessidade ou conforme a condição corporal do rebanho.