Inicia a colheita do feijão no Rio Grande do Sul

Publicado em 19/12/2016 07:46

As primeiras lavouras de feijão 1ª safra implantadas no Estado estão sendo colhidas, com potencial produtivo acima da produtividade inicialmente projetada. De acordo com o Informativo Conjuntural elaborado pela Emater/RS-Ascar, em áreas, como nos Campos de Cima da Serra, recém está iniciando a semeadura, beneficiada pelas condições de umidade no solo e temperatura, o que projeta uma germinação uniforme. Nas outras regiões, onde as fases são as mais variadas, a falta de chuvas prejudica as lavouras em fase de floração e enchimento de grãos. 

Na soja, a implantação desta safra está finalizando, restando apenas 5% da área estimada de 5,524 milhões de ha. A emergência e o desenvolvimento inicial das lavouras são normais, apresentando bom padrão de lavoura. Apenas uma pequena parcela implantada no Noroeste do Estado apresenta desuniformidade de emergência devido à baixa umidade no solo. Nas Missões, em Novo Machado, Porto Mauá e Nova Candelária, as áreas de lavouras implantadas bem cedo com variedades precoces já iniciaram a floração.

A cultura do milho evolui rapidamente, mas ainda com grande parte de lavouras em desenvolvimento vegetativo. Algumas áreas implantadas no cedo iniciam fase de espigamento e formação dos grãos. Nas áreas onde ocorreram chuvas em quantidades necessárias, as plantas apresentam bom potencial, sem sintomas de perdas. Em locais onde as precipitações foram abaixo do necessário para a cultura, as plantas apresentam murchamento. Essa situação faz com que os produtores fiquem preocupados com as previsões de pouca chuva para os próximos dias, o que pode comprometer a lavoura.

Ameixa - Colheita das variedades precoces já encerrada e iniciando a da Fortune, uma das variedades mais cultivada na Serra Gaúcha, com boa sanidade e vigor, com frutas de ótima coloração e bom calibre. As duas principais pragas, grafolita (broca dos ponteiros) e mosca das frutas, continuam tendo ocorrência insignificante, trazendo raros casos de preocupação e necessidade de controle. O momento é de reforçar as adubações de cobertura nas cultivares mais tardias, como Rainha Cláudia e Letícia, assim como a poda verde, prática cultural que visa evitar o sombreamento excessivo das frutas.

Citros - O tempo tem transcorrido de forma satisfatória para o desenvolvimento das frutas cítricas na região do Vale do Caí. As chuvas têm sido regulares, bem distribuídas e na quantidade adequada. As plantas cítricas estão com carga de fruta satisfatória. Os citricultores desenvolvem práticas de roçadas, podas e de tratamentos preventivos às doenças. A colheita encerrou-se no final de novembro, mas alguns poucos citricultores ainda têm pequena quantidade de laranja Valência e do tangor (cruzamento natural de laranjeira com bergamoteira) Murcott por colher. Ainda há frutas nas câmaras frias de alguns citricultores e dos comerciantes de cítricos. 

No município de Pareci Novo alguns citricultores já estão realizando o raleio da bergamota Satsuma. Esta bergamota é a primeira fruta cítrica que será colhida na nova safra, a partir de meados de fevereiro, sendo a mais precoce das frutas cítricas cultivadas na região. A Satsuma, de origem japonesa, é uma fruta sem acidez e sem sementes, cuja casca não libera o cheiro característico das bergamotas quando a fruta é descascada. O raleio dos cítricos, que iniciou com a Satsuma, consiste na retirada de parte das frutas verdes, no início do seu crescimento, permitindo que as frutas que ficam na planta tenham um melhor desenvolvimento, atingindo um diâmetro maior e com melhor qualidade. O raleio segue a sequência da maturação das diferentes variedades de bergamoteiras, nesta ordem: Satsuma, Caí, Pareci e, por último, a Montenegrina.

Pêssego - Os pessegueiros estão na fase de plena frutificação e colheita na zona Sul. A colheita intensifica-se e já alcança 65% da safra. Seguem os tratamentos fitossanitários nos pessegueiros, objetivando o controle das doenças, principalmente a podridão parda e o ataque da mosca das frutas. Os produtores estão satisfeitos com a safra em andamento, com bom tamanho dos frutos das cultivares que começam a ser colhidas. As cultivares de pêssego Jade e Esmeralda, as principais em área de cultivo e produção, estão em início de colheita. A safra na região, que compreende oito municípios com um total de 6.155 hectares envolvendo 1.387 famílias, deverá ficar entre 42 a 45 mil toneladas, com no máximo 50 milhões de quilos.

Cebola - Com as condições climáticas bastante favoráveis à cultura e à prática do arranquio e guarda dos bulbos, está concluída a colheita de materiais mais precoces e vem ganhando ritmo a colheita da principal variedade cultivada na região Serrana, a Crioula. Nessa, se mantêm a ótima sanidade e o bom calibre detectados nas já colhidas. Inclusive, há casos em que os cebolicultores estão apressando a colheita para impedir um incremento maior do calibre e, dessa forma, conseguir melhor inserção no tão concorrido mercado dessa safra. Pela sanidade inicial e ocorrência frequente de dias ensolarados e vento, a cura nos galpões vem se processando de forma ideal, reduzindo enormemente os riscos de perdas na estocagem, fato bastante considerável na safra passada.

Ovinocultura - Com o desenvolvimento das forrageiras nativas, os rebanhos melhoram a condição corporal e o aspecto sanitário (cascos e verminoses) vêm melhorando, pois o número de dias com chuva diminui. É ótimo o desenvolvimento dos cordeiros, e os animais recém-esquilados tendem a repor sua condição corporal em poucos dias, pois têm uma tendência de aumentar o consumo de alimento neste período.

Na região de Bagé, em vários locais já foi finalizada a esquila dos animais e os produtores organizam o rebanho de cordeiros para a oferta no período de final de ano, quando a comercialização se acentua, com preços atrativos. As negociações também ocorrem com os borregos até dois dentes e ovelhas de descarte. Neste momento o produtor descarta algumas borregas para a reprodução, que ocorrerá a partir de janeiro.

Fonte: Emater/RS

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