Mesmo com as más notícias, preços do arroz seguem estabilizados
Muito embora tenha sido uma péssima notícia para os produtores que já haviam semeado o arroz para a temporada 2016/17 ou estavam preparados para tal operação nesta segunda quinzena de outubro, as enchentes ocorridas no Rio Grande do Sul, e danos pontuais nas lavouras catarinenses, geraram a expectativa de alta nos preços do cereal que está na mão dos agricultores e poderia entrar no mercado. Ruim para uns, bom para outros. No entanto, essa não é a realidade registrada no mercado neste período.
A baixa disponibilidade de grão ainda em poder dos rizicultores, indicadores de processamento e vendas muito similares aos do ano passado e um mês cheio de contas a pagar – do custeio passado, de entrada de renegociações e de insumos, serviços e mão de obra para o plantio e irrigação – mantiveram os preços estabilizados mesmo com o anúncio da necessidade de replantio de algumas áreas – ainda sendo contabilizadas – e a redução do potencial produtivo das lavouras atingidas.
Mas, há outro fator muito mais preocupante para o comportamento dos preços no mercado brasileiro ao longo deste terço final do ano comercial e na próxima temporada: o câmbio. Além da demanda crescente por arroz do Mercosul – pela frustração na safra passada brasileira e as vantagens cambiais – a retração dos preços internacionais mantêm a baixa competitividade – nenhuma no caso do grão em casca – do arroz nacional e a alta demanda por arroz importado.
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