Safra argentina de trigo deve ser de 13 milhões de toneladas
Com 4,6 milhões de hectares plantados, o trigo na Argentina aponta um aumento anual de área de 18%. De acordo com a Bolsa de Comércio de Rosário (BCR), as chuvas recentes e as reservas de umidade em profundidade na região dos pampas permite uma projeção de produção de 13 milhões de toneladas.
O trigo argentino se encontra em etapa reprodutiva em grande parte da área agrícola, ao mesmo tempo em que alguns plantios que ocorreram mais cedo no noroeste já começaram a ser colhidos. As condições na região central vão de boas a muito boas. O ambiente joga a favor em quase todo o território, mas é preciso ainda calcular os danos causados pelo granizo que caiu esta semana em algumas zonas da província de Córdoba, para determinar as possíveis perdas.
Novas precipitações registradas em grande parte da área agrícola argentina continuam melhorando o estado hídrico e a condição de cultivo em áreas de trigo que se encontram, em maior proporção, diferenciando as etapas reprodutivas de seu ciclo fenológico.
Em seu informe semanal, a Bolsa de Buenos Aires indicou que dos 4,3 milhões de hectares implantados nesta safra, 31% estão na fase de espigamento, 32%, na fase de encanamento e 14% na floração. Apenas 4% da área de trigo do país já se encontra madura, que são as áreas do noroeste e também do nordeste.
As áreas de trigo no nordeste passam agora pelo enchimento de grãos, onde os grãos variam entre leitoso, pastoso e duro. Áreas que foram plantadas no começo da janela ideal de plantio já começaram a ter seus trigos maduros, logo, a colheita deve ter maior fluidez nas próximas semanas.
Há uma pressão a respeito do estado sanitário das plantas, mas que é considerada como normal. Os produtores realizam aplicações para controlar a ferrugem e a mancha amarela, embora o granizo em Córdoba possa ter danificado plantas que já estavam