RS: Rotação de soja e arroz eleva produtividade
Mesmo com potencial para 15 toneladas por hectare (t/ha), a produtividade histórica do arroz no Rio Grande do Sul não passa de 7,5 t/ha - na última safra, o índice foi ainda menor, atingindo 6,9 t/ha. É em busca de diminuir essa lacuna que trabalha a seção de Fitotecnia da Estação Experimental de Arroz, do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga). Entre as várias frentes pesquisadas pela equipe, chefiada pelo engenheiro agrônomo Alencar Junior Zanon, uma das que mais recebe atenção é a rotação da cultura com a soja.
"A soja é a cultura que tem mais capacidade de se adaptar às ditas terras baixas, porque, mesmo não sendo própria para isso, consegue suportar algum nível de excesso hídrico", justifica Zanon sobre a opção pelo grão. A simples rotação no lugar de uma monocultura, lembra o pesquisador, garante o controle das plantas daninhas, a ciclagem de nutrientes e é fundamental para a sustentabilidade e para evitar a degradação dos solos. A opção pelo sistema traz um ganho de produtividade de até 11% no arroz para os produtores.
Atualmente, pelo menos 300 mil dos 1,1 milhão de hectares de áreas de arroz no Estado já são plantados em rotação com a soja, área que Zanon não acredita que deva aumentar. "É um número já expressivo e que deve se manter. A questão é como aumentar a produtividade da soja também", afirma o pesquisador. Nas terras baixas, a soja tem atingido 1,9 t/ha, enquanto no total do Estado chega a 2,9 t/ha. O potencial para o grão é de 6 t/ha.
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