Oferta de feijão deve ficar estagnada nos próximos 10 anos, diz Mapa
A produção de feijão deve se manter estagnada pelo menos nos próximos dez anos. A informação está em relatório divulgado nesta sexta-feira (15/7) pelo Ministério da Agricultura (Mapa), com as projeções para o setor agropecuário até a safra 2025/2026.
De acordo com o estudo coordenado pela Secretaria de Política Agrícola (SPA), a produção tende a variar de zero a 1,5% ao ano. O Ministério estima que a safra deve passar de 3,30 milhões para 3,37 milhões de toneladas entre as temporadas 2015/2016 e 2025/2026.
A variação média anual de consumo é projetada pelo governo federal em 0,2%, passando de 3,35 milhões para 3,41 milhões de toneladas nos próximos dez anos-safra. Confirmadas essas projeções, o Brasil se manterá dependente do grão importado na próxima década, ainda que em volumes pouco expressivos, próximos a 150 mil toneladas.
“Se a composição do mercado de feijão se mantiver nos tipos comerciais atuais, os números das projeções são realistas”, avaliam os técnicos do governo federal.
No entanto, o relatório do Ministério não descarta a hipótese de um aumento mais expressivo na produção e no consumo. Do lado da oferta, destaca como fator favorável a migração da variedade caupi de áreas do Nordeste para o Centro-oeste.
“Sua concretização (aumento de produção), dependerá, basicamente, de o setor produtivo nacional conseguir avançar na produção e superar gargalos logísticos, considerando que os mercados estão distantes das áreas produtoras”, diz o relatório do Mapa.
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