Produção brasileira de grãos deve ficar em 189,3 milhões de toneladas

Publicado em 07/07/2016 09:43

A produção brasileira de grãos da safra 2015/16 deve chegar a 189,3 milhões de toneladas, com um decréscimo de 8,9% ou 18,5 milhões de toneladas menor que a anterior, que foi de 207,7 milhões de t. Os números estão no boletim do 10º levantamento da safra de grãos, divulgado nesta quinta-feira (7) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

O trigo, juntamente com as culturas de inverno, teve um crescimento de produção. Subiu 13,5%, chegando a 6,28 milhões de toneladas, apesar de uma redução de área de 12,5%. Já a soja reduziu 0,7%, alcançando 95,6 milhões de toneladas, e o milho, que apresentou as maiores reduções, teve queda de 3,99 milhões e 11,5 milhões de toneladas, respectivamente, na primeira e na segunda safra. As demais culturas também tiveram queda de produção. Entre as razões para a queda, estão a redução na área plantada e as adversidades climáticas, como estiagens prolongadas e altas temperaturas.

Contudo, a área plantada teve aumento em relação à safra anterior. Este ano deve chegar a 58,15 milhões de hectares, ou 0,4% a mais do que em 2014/15, que teve 57,93 milhões de ha. A cultura da soja, responsável por 57% da área cultivada do país, permanece como principal responsável pelo aumento de área. A estimativa de crescimento é de 3,5%, passando de 32,1 milhões de ha  em 2014/15 para 33,2 milhões na safra atual.

Outro aumento de área ocorreu com o milho segunda safra. A expectativa é de crescimento de 8%  (763,8 mil h), totalizando 10,31 milhões de ha. Para o primeira safra, a exemplo do que ocorreu anteriormente, a área foi reduzida em 11,4%, atingindo 5,44 milhões de ha. Outras reduções de área ocorreram também com o feijão primeira safra (8,5%), situando-se em 963,9 mil hectares, o feijão segunda safra, com redução de 2,6%, totalizando uma área plantada de 1,28 milhão de hectares e o feijão terceira safra, com queda de área de 13,6%, chegando a 577,5 mil hectares.

Para acessar o relatório na íntegra clique aqui.

INTL FCStone: Novo recuo na produção brasileira de milho reforça quebra

Estimativa da INTL FCStone aponta recuo na ‘safrinha’ para 47,3 milhões de toneladas

Com o avanço da colheita no Brasil, a segunda safra de milho tem confirmado as expectativas de queda de produção no ciclo 2015/16. De acordo com a revisão da consultoria INTL FCStone, divulgada nesta quarta-feira (06), devem ser retirados do solo 47,3 milhões de toneladas do cereal correspondente à safra de inverno.

Para a analista de mercado do grupo, Ana Luiza Lodi, novos cortes de produtividade nos estados do Centro–Oeste foram muito afetados pela seca ocorrida em abril. “Produtores reportam, inclusive, algumas áreas onde não vale a pena nem realizar a colheita”, ressalta.

Segundo os cálculos apresentados pela INTL FCStone, 93% do recuo na produção de milho de inverno, da revisão de julho, corresponde às perdas do Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás. O relatório também aponta que, por outro lado, houve uma leve revisão na área plantada para cima, alcançando 10,19 milhões de hectares. De acordo com a Ana Luiza, “estados não tão tradicionais da produção de milho de inverno, como Minas Gerais e São Paulo, apostaram mais na cultura”.

Para o ciclo de verão, não houve mudanças na área plantada, mas o rendimento foi reduzido, com destaques para as áreas do MATOPIBA (região que engloba os estados Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), que sofreram com um clima adverso. Diante desse cenário, a produção da primeira safra foi ajustada para 26,67 milhões de toneladas. A produção brasileira de milho, portanto, deve ser fechada em 74 milhões de toneladas no ciclo 2015/16.

Balanço

Ainda segundo análise da INTL FCStone, as exportações foram reduzidas para 20 milhões de toneladas no ciclo 2015/16, em meio à quebra de safra, uma vez que mais produto deve ser direcionado para o mercado interno, e novos cortes poderão ocorrer no futuro. Diminuiu-se também o consumo interno. “Neste cenário, os estoques finais ficariam em 3,9 milhões de toneladas, um volume ainda mais baixo que em anos anteriores”, resume Ana Luiza Lodi.

Fonte: Conab

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