Feijão: Com falta de oferta, preços do carioca seguem firmes e podem alcançar os R$ 400/sc

Publicado em 26/05/2016 12:28

Feijão Carioca (Mercado Firme)

Feijão Preto (Mercado Firme)

MERCADO NA ROÇA (LAVOURA) 

A falta de feijão carioca para abastecer toda a demanda nacional nos próximos dias, ou meses, fez com que o preço disparasse nas lavouras, com possibilidade de alcançar preços históricos. Já se admite que o feijão carioca pode até ultrapassar a casa dos R$ 400,00 (quatrocentos reais) para mercadoria nota 9 (nove) pra cima, lembrando que na casa dos R$ 350,00 (trezentos e cinquenta reais) já é uma realidade.

Temos, nesse momento, um desabastecimento significativo em âmbito nacional. 

Muitas empresas de grande porte já suspenderam as suas vendas por falta de mercadoria. 

A situação é muito crítica e o déficit a ser suprido é enorme. Precisamos ter uma oferta abundante que chegue de uma vez no mercado, alguma coisa em torno de 2.500.000 (dois milhões e meio de sacas), caso contrário, o feijão carioca deve continuar com os patamares de preços elevados por um bom tempo, ainda. 

Um fator que muita gente não está levando em conta, é que, muitos dos primeiros lotes de pivôs a entrarem no mercado (o que deve ocorrer no final do mês de Junho) já foram feitos contratos de opção de compra e, por isso, não vai ser todo mundo que vai ter acesso a esses primeiros lotes.

O desabastecimento só deve começar a ser suprido em torno de *60 (sessenta) a 90 (noventa) dias*, pois será o momento em que vamos ter a maior oferta da safra de pivô. Vale sempre ressaltar que, até lá, ainda tem muita água pra passar por de baixo da ponte. 

Temos que continuar acompanhando o problema da falta de água para a irrigação dos pivôs, o que pode fazer com que a safra de pivô (que já foi confirmada que será menor que anos anteriores) possa vir a ser ainda menor que as baixas expectativas, diante da escassez de água que, provavelmente, vamos ter nos próximos meses, afetando a produção. Lembrando que o pico desse desabastecimento deve ocorrer a partir da próxima semana, bem no início do mês, período de maior volume de vendas junto ao comércio varejista (consumidor final). 

Independentemente se o consumidor final irá, ou não, assimilar a alta nas gôndolas (prateleiras) dos supermercados, a oferta que vamos ter para o início de mês, se quer, atende àquelas empresas que trabalham com cestas básicas. Aliás, muitas delas já estão enfrentando problemas por usar a prática de trocar o feijão carioca por outra variedade como , por exemplo, feijão preto ou caupi, já que nesse tipo de negócio se usa muito a prática de contrato. Dessa forma, estaria se quebrando uma regra.

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Fonte: Juliano Seabra

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