Deral prevê recuo de 14% na área de trigo no Paraná

Publicado em 29/04/2016 07:40

O Departamento de Economia Rural (Deral), vinculado à Secretaria de Agricultura do Paraná, prevê uma redução de 14% na área cultivada de trigo no Estado, para 1,155 milhão de hectares. Na estimativa de abril, divulgada nesta quinta-feira (28/4), o Deral acentuou sua previsão para a retração no plantio do cereal, que no mês passado era de 11%.

O novo número para a área levou o Deral a rever sua estimativa de produção de trigo para 3,5 milhões de toneladas, ante os 3,6 milhões de toneladas previstos em março. O levantamento indica que o plantio atingiu 3% da área estimada, desempenho dois pontos percentuais atrasado em relação ao menor percentual dos últimos cinco anos e nove pontos abaixo da média histórica para esta época do ano.

Hugo Godinho, analista de trigo do Deral, observa que o atraso se deve a falta de chuvas ao longo de abril. As precipitações na última terça-feira (26/4) criaram condições para o início do plantio. Segundo ele, apesar do atraso, ainda há tempo de finalizar os trabalhos dentro das recomendações técnicas, mesmo nos municípios onde o período ideal se encerra em 10 de maio.

Em relação à comercialização, Godinho relata que os preços tiveram um leve aumento neste mês de abril, na sequência da alta do primeiro trimestre deste ano. “O aumento aconteceu na contramão dos preços internacionais e da valorização do real. Este efeito, apesar de contraditório, era esperado em virtude da subvalorização que apresentava o produto paranaense quando comparado com os preços externos”, diz ele.

Na opinião do analista, os preços atuais em dólares do produto nacional estão mais adequados aos do mercado externo e prevê que em breve pode haver um alinhamento das oscilações das cotações internas às internacionais. Ele pondera que o possível reajuste do preço mínimo, em 10% aproximadamente, pode ter impacto positivo na região onde o plantio é mais tardio, mas acredita que o impacto será limitado, devido à alta de 17% nos custos de produção.

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Fonte: Revista Globo Rural

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