Arroz: Preços estáveis e projeção de aumento da quebra de safra

Publicado em 26/04/2016 16:06
Chuvas em excesso, enchentes, inundações nas lavouras e o frio, que chegou de vez ao Sul, faz prever aumento das perdas nas lavouras gaúchas, catarinenses e do Mercosul. E preços estabilizaram

Esse é o tipo de notícia que ninguém gostaria de dar: fatalmente as perdas na safra de arroz 2015/16 passarão dos 15,1% projetados pelo Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) no Rio Grande do Sul, serão maiores que os 10% projetados para algumas regiões catarinenses e devem gerar uma situação dramática para boa parte dos mais de 40% de lavouras que ainda faltam colher no Uruguai. No país vizinho, quase metade das lavouras que ainda estão por colher foram inundadas e ficaram total ou parcialmente submersas com a onda de chuvas e temporais que chegou a provocar um tornado. O fenômeno El Niño, que provoca chuvas além da média, confirma sua forte intensidade e dá um golpe final – espera­se que seja o último – na safra de grãos do Cone Sul. Afeta também as safras de soja e milho.

Ao mesmo tempo, com semanas de atraso diante das médias climáticas e da previsão dos meteorologistas, o frio do outono chega forte à Região Sul, e agrava ainda mais os prejuízos, pegando ainda uma pequena parte das lavouras em floração, o que provoca o abordo e o fenômeno de grãos chochos ou vazios. A previsão de geada e temperaturas abaixo de zero em algumas regiões não só vai gerar a queima das plantas e estacionar o desenvolvimento, como também deve provocar o trincamento de grãos, levando as últimas colheitas a um resultado com arroz de qualidade inferior e provocando perdas na renda do agricultor.

A contabilização destes danos às lavouras só será concluída quando as águas baixarem e a primeira onda de frio passar – apesar da previsão de uma nova frente fria chegando na próxima semana – quando as máquinas puderem voltar a colher. É importante dizer que boa parte das lavouras que estão sendo colhidas neste período tiveram problemas de implantação, seja pelo clima ou pelas limitações de acesso ao crédito, o que deve agravar ainda mais a situação de endividamento e descapitalização da lavoura arrozeira.

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Fonte: Planeta Arroz

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