Pré-custeio para as lavouras de arroz cresce em março
Mesmo com as dificuldades enfrentadas pelos produtores gaúchos, o valor de crédito no mês de março para a cultura do arroz atingiu a marca histórica de R$ 82,9 milhões no Rio Grande do Sul. Os dados são do Banco Central. O valor é praticamente 20 vezes superior aos 4,2 milhões no mesmo período do ano passado e mais de 53% superior aos valores recorde de 2014.
O assunto vem sendo pauta de constantes esforços da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), que vem buscando junto aos órgãos competentes soluções para os orizicultores gaúchos. No entanto, ao mesmo tempo que a entidade comemora o resultado do trabalho feito neste sentido, outros fatores podem travar os produtores. "As exigências da burocracia em relação às questões ambientais, mesmo nas propriedades com outorga e licença de operação, a exigência de garantias e aval, o baixo preço na contratação do Financiamento para Estocagem de Produtos Agropecuários (FEPM) seguem sendo pauta para os próximos dias, observa o vice-presidente de mercado da federação, Daire Coutinho.
Já em fevereiro o pré-custeio apresentou alta. Com valores superiores a R$ 27 milhões, segundo dados do Banco Central, os créditos para a lavoura de arroz apresentaram no mês de fevereiro crescimento de 2.700% em relação ao mesmo período do ano passado. Com isso, um dos motivos que contribuíram no ano passado para a pressão negativa nos preços vem sendo afastado na presente safra.