Preços mundiais do arroz flutuantes em função de políticas comerciais

Publicado em 12/02/2016 07:43

Em janeiro, os preços mundiais mostravam dificuldades para afirmar uma tendência geral. Na Tailândia, os preços estiveram mais firmes, assim como na Índia e no Paquistão, devido à escassas disponibilidades exportáveis. Por outro lado, os preços baixaram novamente no Vietnã e nos Estados Unidos, procurando reativar as vendas externas.

No Mercosul também os preços de exportação seguem caindo por causa da revalorização do dólar frente às moedas nacionais. Os preços mundiais começaram este ano no mais baixo nível desde a crise de 2008, mas a tendência poderia se reverter com o retorno dos grandes importadores mundiais.

Condições climáticas desfavoráveis e contração das áreas arrozeiras, por causa de baixos preços, impactam negativamente a produção mundial e reativaram a demanda de importação. Por enquanto, as previsões de comércio mundial indicam um nível comparável a 2014, em torno de 45,5Mt, mas este pode ser revisto nos próximos meses.

Em janeiro, o índice OSIRIZ/InfoArroz (IPO) caiu apenas 0,8 pontos a 181,3 pontos (base 100 = janeiro 2000) contra 182,1 pontos em dezembro. No início de fevereiro, o índice IPO se mostrava mais firme em 184 pontos.

Produção e Comércio Mundiais

Segundo a FAO, a produção mundial em 2015 baixou 0,5% para 740,2 milhões de toneladas de arroz em casca (491,4Mt base arroz beneficiado) contra 743,8Mt em 2014. A Ásia concentra as principais regiões afetadas por colheitas inferiores decorrentes de chuvas tardias ou insuficientes. A produção também baixou nos Estados Unidos por falta de agua. Por outro lado, a produção melhorou no Mercosul graças a boas condições climáticas.

Na África subsaariana, a produção cresceu apenas 0,7% enquanto o consumo de arroz continua subindo, em média, 2,5% ao ano. O impacto da seca e os baixos preços mundiais pesam sobre os plantios de arroz no mundo. As perspectivas para 2016 não são muito otimistas em função das previsões de novos problemas climáticos, causados esta vez pelo fenômeno La Niña, nas principais regiões produtoras asiáticas. A produção deve baixar também no Mercosul.

Em 2015, o comércio mundial baixou 2% para 44,8Mt contra um recorde de 45,5Mt em 2014. A demanda do sudeste asiático foi menor que o previsto graças às boas colheitas 2014­2015.

A reativação do comércio durante o último trimestre foi com tudo insuficiente para compensar o atraso. O incremento da demanda de importação mundial, sobretudo do sudeste asiático, deveria prosseguir e m 2016, podendo aumentar 3% em relação ao ano anterior. Mas as disponibilidades exportáveis, apesar de serem menores este ano, deveriam ser suficientes para cobrir esta nova demanda.

Os estoques mundiais de arroz terminando em 2015 se mantiveram relativamente estáveis em 172Mt. Por outro lado, as previsões para 2016 indicam um declínio de 3,5% para 166,6 Mt, ou 33% do consumo mundial, seu mais baixo nível nos últimos quatro anos.

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Fonte: Planeta Arroz

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