Preços do arroz em casca se mantêm firmes no início do ano
O arroz gaúcho acumulou uma valorização de 10% ao longo de 2015, que poderia ser ainda maior não fosse a retração de 1,01% em dezembro, segundo o indicador de preços do cereal em casca divulgado diariamente pelo Cepea/Esalq em parceria com o Senar/RS. No dia 30 de dezembro de 2015, as cotações encerraram o ano com uma saca de 50 quilos do grão, em casca (58x10) com a referência de preço de R$ 41,00, à vista, colocado na indústria. O valor, pelo câmbio do dia, era equivalente a US$ 10,35.
A valorização foi comemorada pelos produtores que conseguiram segurar o produto até o pico da entressafra (dezembro a fevereiro, último trimestre da temporada). Mas, vale lembrar que mais de 70% dos produtores já comercializaram seu produto. E boa parte, abaixo do custo de produção, que aumentou consideravelmente por conta dos reajustes da energia, combustíveis, ICMS (no RS), e mesmo pelos insumos “dolarizados”.
Em 2015, a omissão do governo federal diante da liberação de recursos de pré custeio arrastou muitos produtores para um endividamento ainda maior. O alto nível de exigências de garantias pelos agentes financeiros para a liberação dos recursos tornou proibitivo o acesso ao crédito para muitos arrozeiros. Mesmo com a prorrogação do vencimento do custeio não conseguiu salvar a maior parte dos produtores que comercializou o arroz ainda no primeiro semestre.
Em janeiro de 2016, dois fatores estão sendo fundamentais para garantir, em 18 dias, preços mais firmes e uma valorização acumulada de 1,17% no preço da saca, que alcançou R$ 41,48 nesta segundafeira (18/1), o equivalente a US$ 10,29: a relação cambial com o dólar valorizado sobre o real, que vem assegurando exportações médias acima de 100 mil toneladas ao mês – e a garantia de alcançar perto de inesperadas 1,4 milhões de toneladas nesta temporada e superávit de cerca de 800 mil/t , e a frustração de safra, que deve alcançar 15% de quebra sobre a expectativa inicial no Rio Grande do Sul e pelo menos outros 15% no Norte de Santa Catarina, além de algo em torno de 10% nas principais regiões arrozeiras do Tocantins. No Nordeste, mesmo nos perímetros irrigados há perdas por falta de água para a irrigação, mesma situação do Mato Grosso, onde a estiagem afetou áreas rizícolas e de soja.
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