Sem recorde, Brasil busca trigo da Argentina e dos EUA

Publicado em 22/09/2015 07:53

Conforme as máquinas avançam sobre as lavouras de trigo do Paraná e do Rio Grande do Sul, principais produtores do cereal, a estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) de que o Brasil produziria recorde de 7,1 milhões de toneladas fica mais distante de ser alcançada. As chuvas intensas das últimas semanas e a geada que atingiu fortemente o estado gaúcho no segundo final de semana deste mês comprometeram ao menos parte dos campos dedicados ao cereal, tanto em produção como em qualidade.

“A produção nacional não irá passar de 7 milhões de toneladas. Vai no máximo a 6,5 milhões por causa da chuva e da geada. E nem tudo terá qualidade panificável, o que força a importação”, resumiu Luiz Carlos Pacheco, da consultoria Trigo & Farinhas.

Com a produção abaixo da estimada, sendo parte para ração, as importações do cereal devem ganhar força nos próximos meses, principalmente da Argentina e dos Estados Unidos. Nos oito primeiros meses do ano, o Brasil comprou 3,3 milhões de toneladas no mercado internacional – 2,7 mihões (t )do país sul-americano e 295 mil (t) da América do Norte.

Esse cenário pode sofrer alterações até dezembro. A Argentina sofre com inundação em 80 mil hectares dedicados ao trigo, o que pode gerar perdas de 700 mil toneladas. A tendência é de que os EUA ganhem espaço na balança comercial brasileira.

“Teremos que recorrer aos Estados Unidos, como no ano passado”, garante o professor da Universidade de Passo Fundo (UPF) Ataides Jacobsen. Na temporada 2014, das 5,9 milhões (t) importadas pelo Brasil, 45% vieram dos EUA, 27% da Argentina e 19% do Uruguai. “O Paraguai está com uma safra muito boa. Possivelmente parte do excedente deles venha para cá”, reforça. Cerca de 200 mil (t) já foram adquiridas junto ao país em 2014.

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Fonte: Gazeta do Povo

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