Feijão perde espaço para soja e preços sobem
O mesmo já foi visto na temporada anterior. Com isso, a tendência é de expansão nas compras externas do integrante da cesta básica e, em consequência, preços mais altos.
Dados do último levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado em agosto, mostram que houve queda de 8,3% na produção total de feijão do ciclo 2014/2015, de 3,45 milhões de toneladas para 3,16 milhões, no comparativo anual. Paraná - maior estado produtor - teve retração de 10,4% no período. Em contrapartida, a oleaginosa paranaense saltou 15,9%, para 17,1 milhões de toneladas. Considerada a colheita nacional de soja, houve expansão de 11,7%, para 96,2 milhões.
"Essa tendência de redução de áreas deve acontecer em todos os estados, pelo menos na primeira safra", afirma a economista da Federação deAgricultura no Estado do Paraná (Faep), Tânia Moreira. Lá, a expectativa preliminar da Secretaria da Agricultura é de diminuição de 4% no plantio de verão, porém, apostando em ganho de produtividade.
O estado líder no cultivo de feijão deve perder 7,2 mil hectares nesta safra, para 185,4 mil. O cenário abre espaço para que regiões produtores, antes menos importantes, assumam papéis fundamentais, como o Nordeste.
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