Clima prejudica plantio das lavouras de trigo no Rio Grande do Sul

Publicado em 03/07/2015 16:52

A alta umidade do ar e no solo comprometeu o avanço do plantio das lavouras de trigo no Rio Grande do Sul, durante esta semana. Conforme informações divulgadas pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (02/07), a semeadura passou de 42% para 68% da área prevista para esta safra. No ano passado, nesta mesma época, também prejudicado pelo clima, o plantio chegava a 65%. 

A perspectiva de redução da área semeada com o cereal na atual safra pode ser constatada na medida em que avançam os trabalho a campo. Em alguns municípios, a área plantada deve ficar abaixo até mesmo das estimativas iniciais projetadas pela Emater/RS-Ascar. Na Região Sul, no município de Jaguarão, por exemplo, serão cultivados apenas quatro mil hectares, contra os seis mil estimados inicialmente.

Já no Centro do Estado (entorno de Santa Maria), o trigo deverá ocupar uma área 18,5% menor em relação à safra passada, podendo chegar a até 25%, totalizando 75 mil hectares semeados na região. A diminuição da área cultivada pode ser explicada pelo aumento dos custos de produção, pelos baixos preços do produto e pelo risco de perdas nesta safra, tendo em vista a previsão de altos volumes de chuva e temperaturas acima da média, favorecendo a ocorrência de problemas fitossanitários.

O desenvolvimento das lavouras é considerado satisfatório pelos técnicos da Emater/RS-Ascar, havendo apenas pequenos focos de doenças. As áreas implantadas no início do período recomendado estão sendo manejadas com nitrogênio em cobertura, embora a umidade do solo tenha dificultado a entrada de máquinas nas lavouras. A alta umidade tem favorecido o aparecimento de doenças foliares, preocupando triticultores. A utilização de fungicidas para o controle inicial das doenças, se necessária, aumentará o custo da lavoura, podendo comprometer o resultado líquido esperado.

Em boa parte das principais regiões produtoras de trigo do Estado, o período preferencial para a semeadura se encerrou, restando poucas zonas ainda com tempo hábil para a realização do plantio.

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Fonte: Emater/RS

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