Colheita de soja segue atrasada em Mato Grosso e afeta plantio de milho

Publicado em 13/02/2015 12:20

SÃO PAULO (Reuters) - A colheita de soja em Mato Grosso avançou nesta semana para cerca de quarto da área total do Estado, mas ainda está atrasada na comparação com o mesmo período do ano passado, repercutindo problemas no período de plantio provocados pela seca no ano passado, apontou nesta sexta-feira o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).

Com isso, a segunda safra de milho, plantada logo após a soja no Estado, também está atrasada, o que levanta preocupações sobre o plantio do cereal na janela climática ideal. O Mato Grosso é o maior produtor de grãos do Brasil.

A colheita de soja no Estado atingiu 25 por cento da área recorde de 8,8 milhões de hectares até quinta-feira, avanço de oito pontos percentuais ante a semana anterior, mas atrás do índice de 36,4 por cento registrado um ano atrás.

No relatório publicado na última sexta-feira, o Imea já havia apontado atraso ante o ritmo da safra anterior.

O atraso é verificado em todas as regiões produtoras do Estado, na comparação com 2014.

A produtividade ponderada está em 52,47 sacas por hectare, praticamente estável ante a semana anterior, e em um patamar histórico elevado. Em 2013/14, o rendimento agrícola atingiu 51,9 sacas/hectare.

Na última estimativa do Imea, divulgada dezembro, antes de tempo seco afetar algumas áreas produtoras este ano, a previsão era de uma safra recorde de 27,9 milhões de toneladas de soja na temporada 2014/15, crescimento de 6 por cento na comparação anual.

A produtividade do Estado que responde por cerca de 30 por cento da safra brasileira da oleaginosa havia sido estimada em 52,4 sacas por hectare naquela oportunidade.

A área plantada cresceu em 14/15 cerca de 5 por cento ante a temporada anterior.

PLANTIO DE MILHO

O plantio de milho em Mato Grosso, maior produtor do cereal do Brasil, avançou para 23,3 por cento da área projetada, avanço semanal de mais de dez pontos percentuais, mas ainda um atraso na comparação com o ano passado, quando o índice era de 45,9 por cento.

A área projetada é de 2,8 milhões de hectares, queda de 12,2 por cento ante o ano anterior, o que poderia resultar em uma safra estimada pelo Imea em 14,6 milhões de toneladas, recuo de 17,6 por cento na comparação anual.

(Por Roberto Samora; edição de Gustavo Bonato)

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Fonte: Reuters

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