Alta no preço da energia e do diesel consome lucros do arroz
Superada a crise no preço do arroz, os produtores estão agora diante de nova equação. Com 100% da área irrigada no Rio Grande do Sul e muita dependência de mecanização, a produção exige equipamentos potentes para preparar o solo e conduzir a água até as lavouras — orçamento difícil de ser ajustado devido à alta da energia elétrica e do óleo diesel. Juntos, os dois insumos respondem por até 16% do custo total de produção do arroz.
— Será um ano duríssimo para o arrozeiro — prevê Henrique Dornelles, presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz).
Segundo a entidade, a energia pode responder por até 10% dos gastos da lavoura, acrescidos de outros 6% do óleo diesel. Os reajustes feitos em 2014 e os previstos para este ano aumentarão em ao menos R$ 218 o custo por hectare da lavoura na próxima safra, segundo a Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul). Para pagar a diferença, o produtor precisará colher mais seis sacas de arroz de 50 quilos por hectare.
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