Preço do frango brasileiro sofre inflexão no mercado externo
Talvez apressadamente, muitos atribuem o fato à redução dos embarques de empresas instaladas em estados cujas exportações estão embargadas pela Rússia. Mas ainda que esse embargo possa estar influenciando de alguma forma o preço do produto, é pouco provável que tenha atingido tal magnitude, dada a pequena participação russa nas exportações brasileiras de carne de frango (no primeiro semestre de 2011, 43 mil toneladas, 2,2% do que se exportou no período).
Coincidentemente (e espera-se que seja apenas mera coincidência, absolutamente passageira), o desempenho mais recente repete “em número e grau” o ocorrido em 2008, quando eclodiu a crise econômica mundial. Pois agora, como lá, o refluxo de preços começou logo após o produto ter alcançado valor recorde no mercado internacional.
Repetindo, que seja apenas uma coincidência passageira. Mesmo assim, é impossível ignorar que a economia mundial emite, novamente, sinais de alerta: os EUA já não são mais aquele; alguns dos países da zona do euro enfrentam dificuldades crescentes; a China continua crescendo, mas em ritmo menor que anteriormente; e – só para citar alguns poucos exemplos – vai demorar para que a economia japonesa retorne à era pré-tsunami.
Isso solicita precaução, porque até as vendas de alimentos tendem a caminhar de maneira mais lenta. E para não ceder à lentidão do mercado, só mesmo mantendo perfeito equilíbrio entre oferta e demanda.