Desempenho do ovo em janeiro de 2011

Publicado em 01/02/2011 08:39
No primeiro mês de 2011, o ovo obteve preço 16,60% superior ao do mesmo mês de 2010 e, assim, superou a inflação acumulada no período. Mas... e daí?

A aparente recuperação continua insuficiente para cobrir perdas registradas no início dos últimos dois anos. Com isso, o preço médio alcançado em janeiro continua aquém daqueles registrados nos mesmos meses de 2008 e 2009. Supera, sim, o preço de janeiro de 2007, mas até isso em valores nominais, pois, considerada a inflação acumulada, a média mais recente parece ser, senão a pior, uma das piores dos anos 2000.

Não só isso: em relação ao mês anterior, dezembro de 2010, o preço médio alcançado em janeiro recuou 4,33% e, o que é mais preocupante, colocou-se como o terceiro menor preço dos últimos 12 meses. Isso, em momento em que o principal insumo do produto, o milho, registra evolução de preços galopante.

Nas contas do setor, a melhor relação de preços entre ovo e milho é de 1:2 – o valor de uma caixa de ovos sendo suficiente para adquirir duas sacas de milho. Em 2010, por exemplo, o setor produtivo conviveu com essa relação entre fevereiro e julho. Mas a partir daquele mês, com as cotações do ovo em queda e a majoração praticamente continua nos preços do milho, a relação passou a registrar deterioração também contínua. Mas os piores resultados vêm sendo registrados em 2011. No último dia de janeiro, por exemplo, uma caixa de ovos adquiria não mais que 1,2 saca de milho, 40% menos que o volume adquirido há apenas seis meses.

Analisada essa situação sob outro ângulo – o do volume de ovos necessários para adquirir idêntica quantidade anterior de milho – constata-se que sete meses atrás, em junho de 2010, perto de 7,8 caixas de ovos eram suficientes para adquirir uma tonelada de milho. No final de janeiro passado a quantidade de caixas havia subido para 13,8 unidades, um volume de ovos quase 80% maior que o de meados do ano passado.

Mais que necessária, a retomada de preços do ovo é indispensável. E isso deve começar a ocorrer a partir do início de fevereiro, quando o consumidor retorna, ainda que paulatinamente, à rotina. Mas, sem dúvida, vai ser preciso o esforço adicional do setor produtivo. Descartar galinhas mais velhas talvez seja obrigação contínua no decorrer de 2011.

Fonte: AviSite

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