Comercialização de suínos está elevada para a época do ano

Publicado em 28/01/2011 09:40
A semana apresentou poucas alterações de preço no mercado de suínos. Em determinados estados, a oferta continua estável, porém em outros está decrescente, como São Paulo. Ali, a bolsa fechou entre R$ 52 e R$ 54 a arroba (média de R$ 2,88 o quilo do suíno vivo), cerca de R$ 8,00 a menos no valor praticado pela Bolsa de Suínos paulista na última semana de dezembro. Ainda que esteja mais baixa, a comercialização tem atingido patamares elevados se comparado ao mesmo período de 2010, em que o estado de São Paulo vendeu a R$ 2,34 o quilo do suíno vivo, valor R$ 0,54 menor que o atual. O motivo para a queda na cotação em São Paulo é a entrada de animais vivos e carcaças dos estados do Sul, além do baixo consumo característico desse período, como explica a Associação Paulista dos Criadores de Suínos (APCS).

Já o mercado do Distrito Federal segue estável. Os preços não reduziram como os produtores esperavam e a expectativa é positiva, segundo a Associação dos Criadores de Suínos do Distrito Federal (DFSUIN). As cotações fecharam a 3,10 o quilo do suíno vivo, mesmo valor praticado na semana anterior. O Paraná segue com o preço inalterado, a cotação atual é de R$ 2,70 pelo quilo do suíno vivo, segundo a Associação Paranaense de Suinocultores (APS). O preço recebido pelo produtor na região está R$ 0,50 acima que o valor recebido no mesmo período no passado. A preocupação da entidade são os altos preços das matérias-primas, principalmente o farelo de milho, que influencia diretamente na margem de lucro do produtor.

Minas Gerais segue com R$ 3,00 o preço do quilo do suíno vivo e, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (ASEMG), deve apresentar alterações negativas nas próximas semanas. As cotações do mês de janeiro se mantiveram estáveis em relação aos preços praticados no final de 2010, com pequenas alterações devido a queda na demanda dos frigoríficos e consumidores. Segundo Mauro Soares Costa, do Frigorífico Frigomatos, essa perspectiva é consequência do baixo consumo no mês de janeiro e do alto número de animais que estão sendo comercializados no estado, obrigando o produtor mineiro a operar com baixos preços para que possa manter a concorrência.

Declarações

“Comparado aos anos anteriores, 2011 teve grandes vendas no mês de janeiro, mas aguardamos uma recuperação ainda em fevereiro. A expectativa é o mercado venha reagir, e que não haja grandes quedas nas próximas semanas”
Fernando Soares, presidente da Associação dos Suinocultores do Vale do Piranga (ASSUVAP).

“Nesse período a cidade de Brasília é um pouco retraída nas vendas, mas com a volta às aulas e a retomada do plenário já esperamos uma recuperação. Dezembro manteve um alto número de vendas, o que possibilitou ao produtor manter sua rentabilidade” Marcelo Lopes, presidente da DFSUIN

“Houve um aumento muito grande no preço do milho, há alguns meses nós pagávamos R$ 30,00 a saca na Conab, hoje não compramos por menos de R$ 35,00, chegando até a R$ 40,00. Essa situação reflete diretamente na margem de lucro do suinocultor. Além disso, a queda de demanda tem sido atípica para essa época do ano” Paulo Helder de Alencar Braga, presidente da ASCE.

Fonte: ABCS

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