USDA projeta aumento de 4% nas exportações brasileiras de carne de frango em 2023
De acordo com relatório divulgado pelo Departamento Norte-americano de Agricultura (USDA, na sigla em inglês), as exportações de carne de frango do Brasil devem crescer 4% em 2023, com demanda firme nos principais mercados, apoiada nos principais desafios enfrentados pelos concorrentes nas exportações da proteína avícola.
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Surtos de gripe aviária de alta patogenicidade na América do Norte e Europa, aumento dos custos de energia na União Europeia, devido ao fornecimento de gás natural ameaçado e interrupções de produção na Ucrânia devido à guerra com a Rússia diminuíram os suprimentos exportáveis dos concorrentes e competitividade de preços. Esses eventos permitem que o Brasil se beneficie de uma forte demanda global à medida que os consumidores buscam preço da proteína animal em meio à inflação dos preços dos alimentos. Além disso, o Brasil embarca uma grande variedade de produtos (incluindo aves e cortes de peito) para atender uma ampla gama de mercados. Por exemplo, o Brasil é um fornecedor robusto de produtos halal para o Oriente Médio, que deverá ter forte demanda em 2023. O Brasil continuará sendo o maior exportador mundial, respondendo por mais de um terço das remessas globais.
Globalmente, segundo o reporte do USDA, a produção de carne de frango deverá ser 2% maior em 2023 em comparação a 2022, chegando a um volume recorde de 102,7 milhões de toneladas. Todos os principais produtores, exceto a China terão ganhos com o crescimento mais significativo no Brasil. Mesmo com os preços relativamente altos dos alimentos e da energia, além das margens de lucro espremidas de maneira generalizada, deve haver uma expansão estimulada pela demanda robusta, já que os consumidores devem buscar proteínas animais de baixo custo em meio ao aumento dos custos dos alimentos.
As exportações globais estão previstas 4% mais altas em 2023, também chegando a um recorde de 14,1 milhões de toneladas, o crescimento mais agressivo em comércio desde antes do início da pandemia da Covid-19. Este incremento é impulsionado, principalmente, pelo aumento da demanda na China, União Europeia e na Arábia Saudita, e como o crescimento da produção é limitado para vários produtores-exportadores concorrentes, espera-se que o Brasil capture a maioria dos ganhos.