Suinocultura independente: com a aproximação do final do mês, Estados registram queda ou estabilidade nos preços

Publicado em 21/07/2022 15:35 e atualizado em 21/07/2022 16:47
Lideranças salientam, além da sazonalidade de final de mÊs, a disputa entre o valor do animal vivo com o preço da carcaça suína

A quinta-feira (21) definiu os preços do suíno independente para até o final do mês nas principais praças comercializadoras do animal nesta modalidade. Em São Paulo e Santa Catarina as cotações se mantiveram, enquanto Minas Gerais e Paraná registraram queda. Lideranças da área ressaltam que o período de final de mês pressiona os valores, e soma-se a isso a disputa do preço do animal vivo com o da carcaça suína.

Em São Paulo, segundo o presidente da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), Valdomiro Ferreira, o preço ficou estável pela quarta semana consecutiva em R$ 7,47/kg.

"Preço da carcaça muito disputado no atacado e no varejo, forçando a disputa entre os frigoríficos, e do outro lado os criadores com menor oferta de animais, mas sem conseguir reajuste positivo de preços devido à fragilidade dos valores da carcaça suína. Julho se foi, e assim vai passando o ano. Agora a expectativa é para agosto, com a primeira quinzena de perspectiva melhor para exportações para a China, coincidindo com a volta às aulas e Dia dos Pais", pontuou Ferreira.

Santa Catarina manteve o preço em R$ 6,74/kg pela quarta semana consecutiva, de acordo com informações do presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos, Losivanio de Lorenzi. 

"Não se vê perspectiva de melhora. A produção está caindo, mas o mercado se sustenta sempre nesse patamar de preços ao produtor, e chega no final do mês e nunca é fácil segurar os preços com a pressão de baixa. Tínhamos a esperança de baixar Pis/Cofins para viabilizar a importação milho do Paraguai, mas colocando na ponta do lápis, a saca do milho fica quase R$ 10,00 mais cara aqui", disse.

No mercado mineiro, após cinco semanas consecutivas com preço em R$ 7,30, nesta quinta-feira o valor caiu para R$ 6,80/kg com acordo entre suinocultores e frigoríficos, conforme dados da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). 

"O mercado de animais de Minas Gerais fechou um mini-ciclo de alta de 8 semanas com uma relação média suínos vivos /carcaças de acima de 79% e com um pico de 89%. Isso é fora do padrão e sempre tem seus efeitos. Nesse momento, em uma segunda quinzena de férias, o mercado se acomodou na relação histórica média de 73%: R$ 6,80 / R$ 9,20. Vale ressaltar que não foi a relação histórica que determinou o preço e sim a deliberação da reunião plenária dos produtores e posteriormente na negociação com os frigoríficos chegou-se a esse resultado. A liquidez do mercado mineiro e o acordo ajudam na fluidez da comercialização e nos preços futuros", disse Alvimar Jalles, consultor de mercado da entidade.

No estado do Paraná, Considerando a média semanal (entre os dias 14/07/2022 a 20/07/2022), o indicador do preço do quilo vivo do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve queda de 0,37%, fechando a semana em R$ 6,25/kg.

"Espera-se que na próxima semana o preço do suíno vivo apresente estabilidade, podendo ser cotado a R$ 6,25/kg", informa o reporte.

Por: Letícia Guimarães
Fonte: Notícias Agrícolas

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