Suinocultura independente: preços sobem novamente na semana com acordo entre frigoríficos e criadores de suínos

Publicado em 09/06/2022 15:38
Sazonalidade, redução nos pesos e "efeito chicote" após longo período de quedas ajudam a reajustar os valores para cima

Nesta quinta-feira (9) os preços na suinocultura independente voltaram a subir nas principais praças produtoras. As lideranças do setor apontam várias razões para o aumento, como reajuste no preço do animal abatido, o "efeito chicote" após semanas em queda, diminuição no peso dos animais e sazonalidade do período mais frio do ano.

Em São Paulo, segundo informações da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), o preço saiu de R$ 6,13/kg vivo para R$ 6,67/kg vivo. O presidente da instituição, Valdomiro Ferreira, explica que a evolução foi de R$ 10,00 por arroba, um aumento de 8,7%. A base para essa mudança foi que os frigoríficos alteraram a tabela de preços da carcaça, propondo uma média de R$ 10,00 a R$ 10,20 o quilo.

"Está vendendo muito bem, mas o preço ainda não atingiu o custo porque o mercado está muito fragilizado, e qualquer mudança drástica o mercado tende a travar. A etratégia é evoluir nos preços pouco a pouco para que o setor continue comprando e escoando a produção. Por um outro lado, observamos que o peso dos animais vem reduzindo, ou seja o estrtangulamento da oferta está diminuindo", disse Ferreira. 

No mercado mineiro, o valor subiu de R$ 6,70/kg para R$ 7,30/kg vivo com acordo entre suinocultores e frigoríficos, conforme com informações da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg).

"Em função do feriado de Corpus Christi, que ocorrerá na próxima quinta-feira (16), a ASEMG e a AFRIG, considerando a firmeza do mercado, decidiram em conjunto o valor da BSEMG em R$ 7,30 para duas semanas. Efeito chicote produzindo seus efeitos e a demanda de suínos é consistente", disse Alvimar Jalles, consultor de mercado da entidade.

Santa Catarina também viu os preços aumentarem, passando de R$ 5,34/kg vivo 5,88/kg vivo. O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Lovivanio de Lorenzi, pontua que "houve menos animais vendidos esta semana em comparação ao que vinha sendo negociado, mas com preço maior. Esperamos que siga com essa evolução semanalmente para que a gente consiga sair da crise".

No estado do Paraná, Considerando a média semanal (entre os dias 02/06/2022 a 08/06/2022), o indicador do preço do quilo vivo do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve alta de 18,41%, fechando a semana em R$ 5,46/kg vivo.


 

Por: Letícia Guimarães
Fonte: Notícias Agrícolas

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