ABPA pontua que "recebeu com tranquilidade" a notícia sobre isenção para importação de alguns cortes de frango

Publicado em 12/05/2022 14:37 e atualizado em 12/05/2022 15:43
A entidade alerta que as altas dos preços da carne de frango são, na verdade, fruto do inevitável repasse parcial das altas superiores a 100% do milho e do farelo de soja

De acordo com nota oficial emitida pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a entidade afirma que recebeu com tranquilidade a informação sobre a suspensão da cobrança da Tarifa Externa Comum (TEC), pelo Ministério da Economia, para diversos produtos, entre eles miúdos e pedaços de carnes de frango.

A ABPA sempre defendeu enfaticamente o livre comércio - especialmente por meio da construção dos tão desejados acordos bilaterais, para tornar o produto brasileiro mais competitivo no comércio internacional perante outras nações que seguem esta estratégia de consolidação de negócios de exportação.

A entidade alerta que as altas dos preços da carne de frango são, na verdade, fruto do inevitável repasse parcial das altas superiores a 100% do milho e do farelo de soja (que representam 70% dos custos de produção), além de outros insumos como diesel, embalagens de plástico e papelão, entre outros. Estas, sim, são as verdadeiras causas das altas dos preços dos produtos e que demandam ações imediatas por parte do Governo. 

Além disso, o mundo vive um quadro de baixa oferta de produtos, decorrente de diversos fatores, incluindo a forte crise sanitária de Influenza Aviária que alcançou diversos grandes produtores da Ásia, Europa, África e América do Norte. O Brasil, neste contexto, é a única nação que mantém bons volumes produtivos - o que permitiu o aumento da disponibilidade de oferta e consumo no País. 

Por fim, a ABPA ressalta a importância da manutenção da suspensão da TEC sobre a importação de milho - esta, sim, é uma medida que pode conter eventuais altas. Com este mesmo objetivo, a ABPA reitera o pedido, já apresentado ao Governo Federal, pela suspensão da cobrança de PIS e COFINS sobre a importação de milho e de farelo de soja.  

Ao mesmo tempo, a associação também reitera o pedido já apresentado ao Governo pela constituição de um sistema de informação das exportações futuras, que teria papel fundamental para evitar que o país enfrentasse, novamente, o quadro de fortes altas de preços de grãos com base em especulações, como ocorreu no passado.

Fonte: ABPA

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