Exportadores de carne do Brasil enfrentam obstáculos no envio de produtos via Xangai
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), entidade que representa grandes processadores de carne suína e de frango como JBS SA (JBSS3.SA) e BRF SA (BRFS3.SA) , disse nesta quarta-feira (20) que suas empresas associadas estão enfrentando dificuldades para enviar produtos por meio de o Porto de Xangai.
O comunicado, enviado em resposta a uma pergunta da agência de notícias internacional Reuters sobre os efeitos do bloqueio do COVID na cidade chinesa, disse que as cargas estão sendo redirecionadas para outros portos, como Yantian.
"Não há relatos de suspensão de vendas", disse o comunicado, referindo-se a rumores sobre possíveis cancelamentos de contratos. "Ao mesmo tempo, as empresas associadas da ABPA esperam que a situação em Xangai volte ao normal em breve."
Medidas rígidas de bloqueio após o início do surto de COVID-19 em março, afetando 25 milhões de residentes de Xangai, prejudicando os negócios e a circulação de mercadorias.
Depois que o bloqueio foi imposto, os contêineres de alimentos congelados começaram a recuar no porto, com as inspeções de entrada de carne interrompidas.
Xangai é o principal ponto de entrada das importações de carne brasileira para a China continental, que é o principal parceiro comercial do Brasil.
Na semana passada, a Reuters informou que pelo menos um operador de linha de transporte havia parado de enviar carne brasileira para Xangai, oferecendo aos clientes a alternativa de enviar carga para Xingang e Ningbo.