Suinocultura independente: preços sobem nas principais praças produtoras, mas ainda estão distantes de "empatar" com custos de produção

Publicado em 17/02/2022 15:34 e atualizado em 17/02/2022 16:30
De acordo com lideranças, redução no peso dos animais vendidos e retomada dos abates aos sábados nos frigoríficos aumentaram a demanda por lotes de animais

A virada para a segunda quinzena de fevereiro veio reforçando o movimento de recuperação para o mercado de suínos, iniciado na semana anterior. As principais praças produtoras do país que comercializam os animais no mercado independente tiveram melhora nos valores, baseado em fatores como menor peso dos animais saindo das granjas e retomada do abate aos sábados nos frigoríficos. 

Em São Paulo, o mpreço subiu de R$ 5,87/kg vivo para R$ 6,30/kg vivo, segundo informações da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS). O presidente da entidade, Valdomiro Ferreira, explica que no Estado, os animais estão saindo, em média, 17kg mais leves das granjas, os abatedouros estão ampliando as escalas de abate até sabado e há novas tabelas para o preço da carcaça suína no varejo, o que seu suporte ao aumento do valor do animal vivo.

No mercado mineiro, houve aumento, saindo de R$ 5,40/kg vivo para R$ 6,10/kg, conforme com informações da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg).

"O mercado de suínos continua fluindo em viés de alta. Os números da plataforma mostraram claramente as boas vendas mineiras em janeiro e fevereiro. Bolsas em acordo favorecem a liquidez do mercado", disse Alvimar Jalles, consultor de mercado da entidade.

Também nesta quinta-feira (17), a bolsa de suínos no mercado de Santa Catarina registrou alta, passando de R$ 5,24/kg para R$ 5,60/kg vivo. O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), LOsivanio de Lorenzi, pontua que o mercado está melhorando gradativamente, mas ainda longe de ao menos "empatar" com os custos de produção na atividade. "Temos as indústrias demandando mais animais, a redução de energia ans rações, o que atrasou o crescimento dos animais e também o efeito psicológico positivo das exportações para a Rússia como fatores que ajudaram a melhorar os preços", conta.

No estado do Paraná, Considerando a média semanal (entre os dias 10/02/2022 a 16/02/2022), o indicador do preço do quilo vivo do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve alta de 10,60%, fechando a semana em R$ 5,05.

"Espera-se que na próxima semana o preço do suíno vivo apresente alta, podendo ser cotado a R$ 5,34", informou o reporte do Lapesui.

O mercado gaúcho, que negocia os animais no mercado independente às sextas-feiras também teve alta na última (11), saindo de R$ 5,30/kg vivo para R$ 5,55/kg vivo. Segundo o presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), Valdecir Folador, são aumentos pontuais, mas ainda assim considerados positivos, e a tendência é de que nesta sexta-feira (17) haja novo reajuste para cima.


 

Por: Letícia Guimarães
Fonte: Notícias Agrícolas

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