Suinocultura independente: excesso de oferta pressiona ainda mais os preços nesta quinta-feira (20)
Nesta quinta-feira (20) as principais bolsas de suínos negociadas no Brasil registraram queda nos preços, justamente em um momento em que os preços dos grãos voltam a subir, pressionando aidna mais a margem dos suinocultores.
Em São Paulo, segundo o presidente da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), Valdomiro Ferreira, o preço cedeu de R$ 5,60/kg vivo para R$ 5,33/kg vivo. Ele explica que as bolsas que negociam no mercado independente não conseguiram sustentar manutenção, ainda em cima do excesso oferta pressionando e da "grande especulação".
No mercado mineiro, caiu de R$ 5,60/kg vivo para R$ 5,20/kg vivo, de acordo com informações da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), entretanto, não houve acordo entre frigoríficos e produtores. Segundo o consultor de mercado da entidade, Alvimar Jalles, o mercado está chegando ao limite para retornar. "A possível sensação de mercado pior com certeza veio da maior concorrência e oferta. Em resumo, não há problema de demanda, há excesso de oferta", disse.
Santa Catarina também sofreu queda brusca nesta quinta-feira (20), de acordo com o presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos, Losivanio de Lorenzi, passando de R$ 5,08/kg vivo para R$ 4,91/kg vivo.
"A realidade do mercado é de R$ 4,30/kg em Santa Catarina, é o que muitos estão negociando. Temos uma sobra de animais que não se sabe o que fazer, e comprar milho e farelo está insustentável", lamenta.
No estado do Paraná, Considerando a média semanal (entre os dias 13/01/2022 a 19/01/2022), o indicador do preço do quilo vivo do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve queda de 5,92%, fechando a semana em R$ 4,89.
"Espera-se que na próxima semana o preço do suíno vivo apresente queda, podendo ser cotado a R$ 4,81", informou o reporte do Lapesui.